Umeis e segurança marcam o primeiro debate na tv entre candidatos em BH

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
30/08/2016 às 22:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:37
 (Divulgação)

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O clima se manteve amigável no primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte na televisão. Realizado pela Band na noite desta terça-feira (30), o programa durou 2 horas e 30 minutos, dividido em cinco blocos. Os postulantes aproveitaram o tempo para se apresentar à população. No que diz respeito às propostas, houve pouca novidade.

O primeiro bloco foi marcado pelas “parcerias”. Alguns candidatos pareciam “levantar a bola” para outros.

O clima só foi esquentar no terceiro bloco do debate, quando Rodrigo Pacheco (PMDB) perguntou a Alexandre Kalil (PHS) por que o ex-presidente do Atlético refutava a ideia de ser chamado de “político”.

“Você é filiado a partidos políticos desde 2001, tentou se candidatar em 2014, mas desistiu. Seu vice é político de história. Então, o senhor é político”, criticou Pacheco.

Kalil respondeu dizendo que não tem amor à política e que está “de saco cheio com a situação política atual”. Em seguida, disse que o oponente tinha a idade do filho, dando a ideia de que ele seria inexperiente.

Projetos

No que diz respeito às propostas, as Umeis foram o tema central. Marcelo Álvaro (PR) afirmou que irá construir mais unidades de ensino e ampliar a quantidade de Umeis que funcionam em sistema integrado.

“Percebemos que houve evolução da cidade, principalmente com relação às Umeis. Mas faltam ações, como a alimentação dos funcionários nas próprias escolas”, afirmou.

Atualmente são 128 Umeis em BH. Délio Malheiros (PSD) disse que este número irá chegar a 150, caso ele permaneça no cargo.

João Leite (PSDB), ao ser questionado sobre o Hospital do Barreiro, afirmou que tentará buscar recursos junto à União para fazer com que a unidade de saúde possa funcionar plenamente. Atualmente, o hospital opera com apenas 10% da capacidade.

Sargento Rodrigues (PDT) focou na segurança pública. “Aqui os criminosos não terão vez para praticar furtos assaltos. Flanelinhas não irão extorquir a população na minha gestao”, garantiu.

Luís Tibé (PTdoB) defendeu a regulamentação do Uber, lembrando o ataque de um motorista do aplicativo por um taxista na noite de segunda-feira. “O Uber, hoje, funciona com mandado de segurança na Justiça. Quem tem que escolher como será o transporte urbano é a população, não é o prefeito. E 82% da população quer o Uber”, ressaltou.

Para os taxistas, ele propõe a abertura das faixas exclusivas de ônibus. “Assim, todos terão benefícios. O que não podemos é ficar nesta guerra”, ponderou.

Ainda na linha da mobilidade urbana, Marcelo Álvaro Antônio (PR) afirmou que irá revisar os contatos das empresas de ônibus, caso seja eleito. “Vamos abrir essa caixa preta, olhar estes contratos”, afirmou.

Ainda de acordo com ele, a malha de ônibus belo-horizontina é muito pequena. “As pessoas têm que andar muito para pegar um ônibus, a malha é insuficiente. Precisamos aumentá-la”, criticou.

Embora o caixa da Prefeitura deva fechar 2016 aquém do previsto, deixando menos dinheiro para a próxima gestão, reflexo da crise econômica, Reginaldo Lopes (PT) afirma que é possível administrar obras na cidade. “A prefeitura gasta 43% do orçamento com a folha de pagamentos. É um caixa viável, só precisamos entender como são os gastos”, alfinetou.

Clima amistoso

Realizado pela Band, o programa terá duração de 2 horas e 30 minutos, dividido em cinco blocos. Os candidatos já estão na sede mineira da emissora. Cada um, em seu "camarim". Os jornalistas que foram cobrir o debate não tiveram acesso a eles. Segundo fontes que têm acesso às dependências da TV, no entanto, os ânimos estavam controlados. Mas tudo indica que os ares devem mudar. Pelos corredores, os assessores de imprensa dos postulantes dão dicas de que as perguntas foram bem pensadas e têm o objetivo de derrubar o oponente, como era de se esperar.

"Você foi professor, né?". No caminho para o estúdio, Alexandre Kalil (PHS) conversou com Reginaldo Lopes (PT). Rodrigo Pacheco (PMDB), Sargento Rodrigues (PDT) e Délio Malheiros (PTD) passaram pelo corredor em seguida, todos rindo. João Leite (PSDB), Luís Tibé (PTdoB) e Marcelo Álvaro Antônio (PR) foram sozinhos para as gravações.

A imprensa não tiveram acesso ao estúdio. Os repórteres escalados assistirão ao embate de uma sala com TV.

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