O grupo Vem Pra Rua, que protagonizou durante todo o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) diversas manifestações pelo Brasil, fará novamente protestos no próximo domingo (26). Segundo o movimento, os atos vão acontecer em pelo menos 114 municípios brasileiros e quatro no exterior. Em Minas, estão agendadas manifestações em 12 cidades. Em belo Horizonte, o encontro será a partir das 10 horas na Praça da Liberdade. A expectativa de público não foi divulgada, mas até a tarde desta sexta-feira (24) cerca de mil pessoas haviam confirmado a presença no evento na capital mineira
Desta vez, o objetivo é dar apoio total à “Lava Jato” e pedir o fim do foro privilegiado para políticos, além de protestar contra o aumento do Fundo Partidário e contra o voto em lista fechada. As reformas previdenciária e trabalhista estão de fora da pauta. Também não haverá espaço para pedidos de “Fora Temer”.
Fundador e líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, diz que estão prestes a serem votadas várias propostas que estão na contramão do combate à corrupção. Um dos principais projetos a ser combatido, segundo ele, é o voto em lista fechada. Se aprovado, o cidadão deixará de votar no político e passará a votar no partido.
“Você sabe o que está acontecendo em Brasília? Você sabe qual o último plano do Congresso? Eles precisam se reeleger e estão com medo de não conseguir diante de tudo o que está acontecendo aí. Eles querem criar a lista fechada, que é o seguinte. Você não vota mais em quem você quer. Você será obrigado a votar em uma lista fechada de um determinado partido e você não tem alternativa. Ou é aquela lista inteira ou é outra lista. Por que isso? Porque se você quer votar em determinados parlamentares, eles vão colocar junto aqueles que têm pouca chance de ser eleitos, mas que são caciques importantes do partido. Você vai acabar votando nesse cara”, diz Chequer em um vídeo em que fala sobre a necessidade da mobilização.
Outro ponto abordado é o aumento do repasse de dinheiro às legendas. “Eles querem aumentar tremendamente o valor que eles recebem para gastar com eleições e com partidos. Eles gastam hoje já R$ 820 milhões por ano e eles querem aumentar esse valor para 3 bilhões ou 4 bilhões por ano, mesmo nos anos que não têm eleição”, afirma o líder no movimento. Por fim, Chequer diz que quem não protesta, depois não tem direito de reclamar.
Agenda em Minas
Belo Horizonte, 10h, na Praça da Liberdade
Divinópolis, 16h30, Praça do Santuário de Santo Antônio
Governador Valadares, 10h, Praça dos Pioneiros
Juiz de Fora, 10h, Praça de São Mateus
Passos, 10h, UEMG
Pouso Alegre, 10h, Praça Senador José Bento
Santo Antônio do Monte, 13h, Praça da Estação
Três Corações, 9h, Praça Odilon Resende
Uberaba, 10h, Praça da Igreja Santa Rita
Uberlândia, 10h, Praça Tubal Vilela
Ubá, 9h, Avenida Beira-Rio
Varginha, 10h, Concha Acústica