Vença no Domingo: Mustang é cara da Ford na "Série A" da Nascar

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
17/08/2018 às 19:25.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:59
 (Ford)

(Ford)

No automobilismo existe uma máxima que diz: “vença no domingo e venda na segunda!”. Não se trata de uma frase de efeito, mas um fenômeno comprovado por pesquisas. Levantamentos apontam que, em mercados onde se disputam campeonatos, marcas campeãs no final de semana têm um estímulo de comercialização na segunda-feira. E, depois de Thunderbird, Taurus e Fusion, a Ford quer dar um gás no Mustang, que estampará a carroceria dos carros que levam seu motor na categoria principal da Nascar, a Monster Energy, em 2019.

Não será a primeira vez que o lendário cupê será personagem nos circuitos ovais. A Ford já adota o Mustang como seu carro na competição desde 2010, mas na categoria intermediária, a atual Xfinity Series, que corre aos sábados. Mas agora ele irá correr na “Série A”, no domingo.

Fantasia
Do Mustang, o bólido terá apenas uma reprodução da seção frontal e as linhas do capô. De resto, manterá a mesma carenagem dos demais bólidos que revestem um único modelo de chassi tubular. 

O motor também não tem nenhuma semelhança com as opções que equipam o Mustang (de verdade). Trata-se de um V8 5.9 litros, de aspiração natural, que desenvolve 725 cv e 72 mkgf de torque, acoplado a uma transmissão manual de quatro marchas. A especificação dos motores é a mesma para todas as equipes e fabricantes. 

Um detalhe interessante é que os motores da Nascar são vistos como espartanos. A unidade atual utiliza comando de válvulas no bloco e não nos cabeçotes, e até pouco tempo a alimentação era feita por imensos e vorazes carburadores. Hoje, todos utilizam um sistema de injeção eletrônica fornecida pela escuderia McLaren.

Adesivos
Como a carroceria dos carros da Nascar é uma espécie de “bolha”, que recobre o chassi, e as corridas acontecem durante o dia e as noturnas têm os autódromos totalmente iluminados, não há faróis. A parte frontal, que replica as formas do carro de rua, é modelada com adesivos. 

Uma das razões para isso é que, na Nascar, o contato é comum. Os automóveis tendem a colar nos outros para aproveitar o vácuo gerado pelo carro da frente e, com isso, reduzir o consumo ou ter mais aceleração para uma ultrapassagem. Além disso, os toques também são comuns para pressionar o oponente que está segurando a fila ou para abrir passagem. Daí, se houver farol, em caso de colisão (que é algo comum e faz parte do espetáculo da Nascar), os detritos poderiam comprometer a segurança dos pilotos.

A estratégia
Já deu para notar que a troca do Fusion pelo Mustang não tem nenhum apelo de performance e apenas de marketing. Colocar o modelo para duelar com o Camaro é uma estratégia eficaz para fazer valer a máxima das vendas. No entanto, ele terá que galopar forte parar o senhoril Camry, que tem feito a Toyota liderar entre os construtores, com Kyle Bush voando baixo para faturar seu segundo título na categoria.

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