Zezé Perrella nega participação em grupo acusado de sonegar R$ 70 milhões

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
26/11/2016 às 14:16.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:49
 (Agência Brasil)

(Agência Brasil)

O senador Zezé Perrella (PTB/MG) nega participação em grupo econômico com frigoríficos e empresas de transportes em Minas Gerais que estão sendo investigados pela Justiça Federal por sonegação. Em áudio, enviado à reportagem, ele afirma ter tido participação no passado apenas na Transportadora Contorno dentre as citadas na ação em curso e, em nota, afirma ser vítima de “perseguição política ante as alegações infundadas”.

Conforme adiantou o Hoje em Dia na edição deste sábado (26), o senador, o irmão dele Alvimar Perrella e outras 10 pessoas podem ser obrigados a pagar R$ 70 milhões aos cofres públicos, segundo decisão do o juiz André Gonçalves de Oliveira Salce, da Justiça Federal em Minas. No despacho, o juiz atualiza o valor da cobrança de impostos sonegados no montante de R$ 70.267.631,24.

No despacho, o juiz concluiu que “ficam amplamente demonstrados veementes indícios de que pessoas físicas (entre elas, Alvimar e Zezé) eram os verdadeiros donos do negócio que se operou sobre a razão social das empresas”. A ação foi movida pela Procuradoria da Fazenda Nacional em parceria com a Receita Federal e a decisão foi publicada na última sexta-feira no portal da Justiça Federal. A decisão não deixa claro se os frigoríficos eram dirigidos por laranjas ou sócios dos irmãos Perrella.

O senador nega: “Eu nunca fui sócio dessas empresas citadas. Com relação a única empresa citada que eu tive participação, há muitos anos atrás, foi a Transportadora Contorno. Das outras empresas eu nunca participei do quadro societário”, afirma. E completa: “A única empresa que participei foi a Transportadora Contorno e ela não foi autuada. Ela entrou como corresponsável, como se fizesse parte de um pseudo grupo econômico. E a transportadora em si na qual eu participei não tem nenhuma autuação em cima dela. Isso é uma sacanagem”. Ele afirmou que vai recorrer da decisão e que “apresentará à Justiça, no momento oportuno, todas as provas de que não há qualquer responsabilidade que lhe possa ser atribuída pela lei”, disse em nota enviada pela assessoria de imprensa.  

O juiz determinou a expedição de mandados de citação dos condenados, penhora e avaliação em desfavor de todos os responsáveis. São eles José Perrela de Oliveira Costa, Alvimar de Oliveira Costa, Cláudio Ney de Faria Maia, Marcos Antônio de Faria Maia, Geraldo Heleno de Faria, Paulo Afonso de Faria Maia, Maria da Conceição Rezende de Faria, Maria José de Faria Maia, Dênio Altivo de Oliveira, Maria da Conceição Teodora, Paulo Cezar de Faria e Eva Ionélia de Jesus Maia.

As empresas envolvidas são Frigorífico Cristal Ltda. – ME, Frigo Adoro Indústria e Comércio Ltda., Bandeirante Comércio e Representação Ltda. – EPP, Gene Alimentos Ltda. EPP, Nema Alimentos Comércio e Representação Ltda. – EPP, Meireles Consultoria e Assessoria Eireli - EPP, Plena Alimentos Ltda., Mellore Alimentos Ltda., Betim Carnes Ltda. – ME, BT Carnes Ltda. – ME, Transquali Transportes de Qualidade Ltda., Transportadora Contorno – EIRELI e Rajest Participações e Empreendimentos Ltda. – ME.

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