Professores da educação infantil de BH decidem manter greve em dia de protestos da categoria

Rosiane Cunha e Cinthya Oliveira
rmcunha@hojeemdia.com.br
16/05/2018 às 17:12.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:52
 (Sind-Rede/Divulgação)

(Sind-Rede/Divulgação)

Os professores da educação infantil de Belo Horizonte decidiram manter a greve após assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (16), em frente à Prefeitura, na avenida Afonso Pena. Cerca de 2.500 educadores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede-BH) participaram da reunião.

Na assembleia desta quarta, ficou definido que a categoria fará uma contraproposta a ser apresentada para o prefeito Alexandre Kalil (PHS), de escalonamento para atingir a equiparação com a carreira do professor do Ensino Fundamental. A proposta é que no mês de junho os professores da rede infantil passem para o nível 5 da carreira; em dezembro, para o nível 8; e em julho de 2019, para o nível 10 da carreira.

De acordo com o diretor do Sind-Rede BH, Wanderson Rocha, eles aguardam uma posição do líder do governo na Câmara, vereador  Léo Burguês (PSL), que prometeu uma reunião com a equipe da prefeitura para a retomada do diálogo.

 Atualmente, um educador infantil em início de carreira recebe R$ 1.431 por 22,5 horas trabalhadas semanalmente. A proposta apresentada pela prefeitura no mês passado previa aumento de até quatro níveis na carreira para os profissionais formados em pedagogia ou normal superior e que não tiveram progressão por escolaridade, chegando a rendimentos de R$ 1.680,79. ​Para os docentes, o acréscimo de quase R$ 250 não é suficiente, e o ideal seria chegar aos R$ 2.252,42 iniciais do ensino fundamental.

A Prefeitura de Belo Horizonte mantém o posicionamento de retomar novas negociações  após o retorno das aulas. Ainda segundo a PBH, acatar a reivindicação representa um aumento de 55% na folha de pagamentos e um impacto de R$ 80 milhões por ano nos cofres municipais. Medida que seria “incompatível com a capacidade financeira da PBH”.

A próxima assembleia da categoria está marcada para o dia 23 de maio, quando será definido os rumos da greve. 

Rede estadual

Os professores da rede estadual de ensino também realizaram, nesta quarta-feira (16), uma paralisação e manifestação pelas ruas do Centro de Belo Horizonte. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), os profissionais protestam contra parcelamento e atraso de salários. Profissionais da saúde também participaram do ato.

Nesta terça-feira (15), o governo de Minas Gerais anunciou que a primeira parcela do salário referente a abril será paga nesta sexta-feira (18). 

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informa que foi notificada pelo Sind-UTE sobre a paralisação da categoria realizada nesta quarta-feira (16/05). No balanço da paralisação, 989 escolas informaram que estavam com as atividades totalmente paralisadas, de um total de 3.461 unidades escolares do Estado.

Ensino Fundamental de BH 

Os professores do ensino fundamental da rede municipal devem entrar em greve a partir desta quinta-feira (17). Eles querem uma mudança no tempo investido no planejamento de aulas, que hoje é de cinco horas semanais – para os profissionais, o ideal é que sejam sete. Também são solidários à pauta de equiparação salarial entre os educadores das redes de ensino infantil e fundamental.

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