saúde e bem-estar

Com avanço da medicina e hábitos saudáveis, três a cada dez brasileiros serão idosos até 2060

Da Redação*
Publicado em 16/04/2022 às 14:52.
 (Sxc.hu/Divulgação)

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Três a cada dez brasileiros serão idosos até 2060. A projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem como base o avanço da medicina e a tendência de hábitos cada vez mais saudáveis. A mudança no perfil da população já é percebida. 

Uma pesquisa do IBGE mostrou que em pouco mais de dez anos, o total de pessoas com mais de 60 anos aumentou em 11 milhões. Em 2010, o país tinha 19 milhões de idosos. Em 2021, eram 30,3 milhões.

Atualmente, a expectativa de vida no Brasil é de 77 anos. Há uma década era de 73. “Ser idoso agora é bem diferente do que há algumas décadas”, lembra o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Minamiguchi.

Segundo a geriatra Roberta França, o aumento da longevidade está relacionado a uma série de fatores como a prática de exercícios, alimentação saudável e avanço da ciência, que permitiu a descoberta de novos tratamentos para variadas doenças.

O aumento da expectativa de vida provocou uma mudança no perfil dos pacientes que procuram o consultório dela. 

“Há 30 anos, ter um paciente centenário era pouco comum. Atualmente, atendo dezenas de pessoas com mais de 100 anos, e quem chegou aos 60 continua tendo uma vida ativa com trabalho, viagens e namoro”.

O avanço da medicina é um dos fatores que permite a Antonio Aiex uma vida saudável aos 86 anos, depois de ter superado tumores no cérebro, pele e coluna.

O primeiro câncer foi diagnosticado quando ele tinha 60 anos. Já o último, detectado há 11 anos, está estabilizado devido ao tratamento.
Antonio acredita que a herança genética e os hábitos saudáveis são os segredos da longevidade. “Eu sempre tive uma vida sem grandes excessos, com uma alimentação regrada e praticando exercícios”.

Médico do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Gélcio Mendes diz que em diversos tipos de câncer as chances de cura são consideradas altas, mesmo em pacientes idosos, e superam os 90% nos tumores na pele, mama, testículo, próstata e útero.

“Hoje em dia temos tecnologias mais apropriadas para avaliar a extensão de cada tumor, mas o sucesso dos tratamentos está sempre relacionado com o diagnóstico precoce que é fundamental para aumentar as chances de cura”.

A medicina também avançou nos tratamentos das doenças cardiovasculares, embora elas ainda sejam a principal causa de morte em todo o mundo. No Brasil, anualmente, cerca de 230 mil pessoas morrem devido a problemas relacionados ao coração.

Cláudio Tinoco, coordenador do setor de medicina nuclear do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, diz que as pessoas devem procurar sempre controlar a glicose, a pressão arterial e o colesterol para evitar o agravamento das doenças.

“Este controle deve ser preventivo. Os pacientes devem procurar os médicos pelo menos uma vez por ano para realizar um check-up completo. Isso é ainda mais importante depois dos 60 anos”.

* Com informações da Agência Brasil

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