Bem-Estar

Estudo mostra que própolis pode melhorar a imunidade e reduzir inflamações em pessoas com HIV

Da Redação*
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Publicado em 21/05/2023 às 11:36.

Estudo realizado no Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (IBB-Unesp), revela que 500 mg diárias de própolis para pessoas que vivem com o vírus HIV (causador da Aids), podem ajudar na redução significativa da concentração de uma substância associada ao estresse oxidativo. Nesse mesmo grupo foi observado um ligeiro aumento na capacidade antioxidante total, refletindo no combate aos radicais livres.

Segundo a bióloga Karen Ingrid Tasca, que participou da pesquisa, um dos problemas enfrentados pela população que convive com o HIV é o envelhecimento celular precoce, que pode ser de 10 a 20 anos, por conta da deterioração da imunidade mais acelerada, além do desenvolvimento precoce de comorbidades, como diabete, hipertensão e tumores. Esse processo de envelhecimento ocorre porque, além de o sistema imunológico ser ativado constantemente, esses pacientes sofrem de inflação crônica.

“O estresse oxidativo causado pelo vírus e pelos próprios antirretrovirais possui grande impacto nesses pacientes. Na tentativa de reduzir esses processos patológicos e melhorar a qualidade de vida e a sobrevida, há necessidade de intervenções que minimizem esses efeitos. Entre os diversos produtos naturais existentes, a própolis, que é uma resina, possui esse potencial, pois apresenta propriedades antioxidante, antiviral e anti-inflamatória reconhecidas", comenta a pesquisadora.

Um estudo anterior mostrou que parâmetros inflamatórios de portadores do HIV diminuíram, que células consideradas alvo do vírus aumentaram, e que aumentou o marcador de células responsáveis por regular a inflamação.

Segundo uma das autoras do estudo, a biomédica Fernanda Lopes Conte, a própolis pode ser uma alternativa para melhorar a resposta imune e reduzir a inflamação nos pacientes assintomáticos: “A infecção pelo HIV induz intensa desregulação do sistema imunológico, gerando perda da função celular e inflamação crônica”.

(*) Com Agência Brasil.

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