FUTURO DISTANTE

Audi RSQ foi desenhado para filme estrelado por Will Smith, e abriu mão das rodas

Há 20 anos, a Audi se uniu à Hollywood para imaginar como seria seu esportivo em 2035

Marcelo Jabulas
@mjabulas
14/01/2024 às 09:56.
Atualizado em 14/01/2024 às 10:05
 (Divulgação)

(Divulgação)

O cinema sempre deu luz às elucubra-ções sobre o futuro. Para Stanley Kubrick, em 2001 já viveríamos em estações espaciais e seríamos dominados por um computador genioso, como ficou registrado na obra-prima “2001: Uma Odisséia no Espaço”. 

Realmente as estações que flutuam no céu já existem há cerca de 40 anos e o Chat GPT pode se transformar no HAL 9000 em algum momento. Mas quando se pensa em carros do futuro, a primeira coisa que se imagina é eliminar as rodas e fazer com que ele flutue. Steven Spielberg fez isso com o DeLorean DMC-12 em “De Volta para o Futuro” e foi além, trocou um reator nuclear por um sistema de reciclagem.

Há 20 anos, a Audi se uniu à Hollywood para imaginar como seria seu esportivo em 2035. Desenhou um carro com base no conceito Le Mans Quattro, que precedeu o R8, para o filme “Eu, Robô”, que estreou em agosto de 2004. Na trama, Will Smith encarna um investigador que tem rusgas com as criaturas robóticas.

E para se deslocar em 2035 o policial dirigia seu Audi, que não tem rodas ou pneus convencionais. Na época, foi explicado que o carro utilizava esferas, como um rolamento, e elas permitiam manobras ousadas, como são mostradas no longa-metragem. Claro que tudo era de mentirinha e dificilmente o pneu deixará de ser utilizado daqui a 11 anos.
Mas algumas coisas que o filme previu estão bem perto da realidade e outras muito próximas de uma grande frustração. Entre os acertos, está o sistema de condução autônoma. No filme, o protagonista aciona o modo de pilotagem automática para poder lutar com os robôs do mal. 

De fato, já contamos com sistemas muito avançados de condução automatizada, como controle de cruzeiro adaptativo, monitores de permanência em faixa, detectores de pedestres, tráfego cruzado em ré, alerta de desembarque, frenagem autônoma, dentre outros. 

Mas ainda não chegamos no momento em que podemos dar uma ordem verbal para o carro assumir a direção. Já se pode pedir para ele abrir janelas, ligar o ar-condicionado e outras demandas triviais.

Mas roteiristas e designers também não previram que a eletrificação total poderia ser postergada para 2035. A União Europeia tinha determinado esse prazo para toda indústria que atua no Velho Mundo aposentar o motor a combustão. No ano passado, no entanto, surgiu um coro de fabricantes e sistemistas alegando que o prazo dificilmente seria cumprido.
Junto desse coro há também setores financeiros que já calcularam que a abolição completa dos carros com motor a combustão poderia colapsar a indústria. Será que se fossem “Os Simpsons”, a previsão seria mais certeira?

  

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por