A eletrificação do automóvel permitiu elevar potência e torque de maneira bem simples. Basta combinar um módulo ao motor a combustão e automóvel ganhar um monte de cavalos a mais. Na prática é um pouco mais complexo, mas certamente bem mais simples do que tem sido feito com motores puramente a combustão ao longo de mais de 130 anos.

Até pouco tempo, aumentar a potência exigia, ajustar a taxa de compressão, redimensionar todos, modificar o diâmetro de giro, aumentar cilindros, duplicar comandos de válvulas, substituir os coletores, assim como reduzir a restrição do escapamento. Isso sem contar a adoção de turbinas e super compressores.

Mas a BMW, que já tem carros elétricos e híbridos, não quis saber macular seu esportivo M4 com motores elétricos. Ela acaba de anunciar a linha 2024 do cupê e sua derivação conversível que ficou mais potente, principalmente na versão Competition. 

O clássico motor seis cilindros em linha (L6) 3.0 biturbo passou por ajustes e teve sua potência elevada de 510 cv para 530 cv e 65 kgfm de torque.  A transmissão é a mesma caixa automática M Steptronic de oito marchas, mas há opção de transmissão manual de seis marchas. A tração é integral xDrive, mas com possibilidade de destinar todo o torque para as rodas traseiras.

O resultado é uma aceleração de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos. Performance digna de motores elétricos. A velocidade máxima é limitada em 250 km/h, como é de praxe nos carros alemães. No entanto, é possível elevar para quase 290 km/h, com pacote de alta performance.

Suspensão, freios e escapamento são de alta performance e garantem estabilidade, frenagem e um ronco estúpido ao M4. As rodas são de 19 polegadas (frente) e 20 polegadas (traseira). Segundo a marca, o L6 também será oferecido em versões mais “mansas” de 480 cv.

Por dentro, o M4 mescla o alto padrão de acabamento dos modelos da marca, com elementos esportivos e funcionais, como bancos esportivos, capazes de encaixar o motorista numa posição para dirigir e também acelerar forte na pista.

No pacote de conteúdos estão itens como quadro de instrumentos digital flutuante conjugado com o multimídia, climatização digital, assistentes de condução, conectividade com smartphones, dentre outros conteúdos.

Assim, no mundo eletrificado, o M4 resiste como um representante da velha guarda. 

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