TESTE

Bolt EUV oferece tudo de legal do irmão monovolume, mas com um visual mais esportivo

Marcelo Jabulas
@mjabulas
19/08/2023 às 21:03.
Atualizado em 05/09/2023 às 21:06
 (Marcelo Jabulas)

(Marcelo Jabulas)

O Chevrolet Bolt EUV chegou há pouco tempo no mercado brasileiro. Veio para substituir o Bolt EV, monovolume que inaugurou a linha elétrica da General Motors no Brasil. Mas junto com a estreia, o carro veio com uma notícia alarmante: ele deixaria de ser produzido no final do ano.

Quem deu a má notícia foi a CEO global da GM, Mary Barra. Isso porque a GM desenvolveu um novo conceito de baterias, que será padrão nos carros da marca como Equinox EV, Blazer EV e até mesmo no grandalhão Hummer EV. E nessa conta, o Bolt ficaria de fora, pois o novo componente não caberia no berço das baterias.

Assim, Mary Barra decidiu ceifar o modelo. Mas uma reviravolta fez a GM mudar de ideia. O carro será ajustado para as novas células e o Bolt seguirá em linha. Dito isso, vamos ao Bolt EUV.

O modelo é basicamente igual ao Bolt EV. Tem o mesmo motor de 203 cv e cerca de 37 kgfm de torque, com tração dianteira e transmissão de velocidade única. Suas baterias de 66 kWh entregam 377 km de autonomia (segundo o Inmetro), mas o carro consegue superar os 420 km sem dificuldades e pode ir além dependendo das condições de direção.

Por dentro, o painel é o mesmo, assim como os equipamentos. Quadro de instrumentos digital, computador de bordo, multimídia com MyLink (com câmera 360 graus, Android Auto, Apple CarPlay, Wi-Fi, 4G embarcar), assim como sistema de assistência remota OnStar.

Ele ainda oferece climatização digital, monitor de consumo de energia, climatização digital, carregamento por indução, partida sem chave, assistentes de condução, vidros e retrovisores elétricos. Completa o pacote o teto solar panorâmico. Tudo isso com uma carroceria SUV, mais esportiva que a silhueta original do Bolt. 

Ao volante

O Bolt EUV é tão legal de guiar como o Bolt EV. A experiência é a mesma. O carro oferece muito conforto, com ótimo isolamento acústico e um impecável sistema de áudio Bose. A posição de dirigir é boa, apesar da visibilidade do retrovisor não ser das melhores. 

O desenho do espelho com a base mais longa que topo prejudica a visão de veículos que se aproximam além do campo de visão. Mas o alerta de colisão avisa se alguém estiver se aproximando. 

Os bancos com ajuste elétrico para o motorista  e aquecimento são bastante confortáveis. O revestimento em couro perfurado torna a vida a bordo bastante agradável. 

Mas o que impressiona é a oferta de torque desse carro. Seus quase 37 kgfm de torque aparecem de maneira imediata. Mesmo quando se dirige com a função One Pedal ativada.

Esse recurso faz com que o motor elétrico crie uma resistência sempre que se solta o acelerador. Essa resistência serve de gerador de carga e, ao mesmo tempo, ajuda a frear o carro. Praticamente não é preciso pisar no pedal.

Como na versão original, o EUV também conta com a borboleta de auxílio de recarga. Quando se freia, ao pressionar a borboleta, a resistência é amplificada e o processo de regeneração é acelerado. Não dá para recarregar as baterias totalmente, mas evita a perda de preciosos quilowatts.

Em nosso teste rodamos bastante com o Bolt EUV. Em seis dias rodamos mais de 350 km. E o computador ainda registrava outros 95 km restantes. 

Para recarregar o Bolt EUV o ideal é ter um Wallbox em casa. Numa fonte de 7,5 kW são necessárias menos de 10 horas. No entanto, numa tomada doméstica de 220V, são mais de 30 anos espetado. Ou seja, tenha um carregador. Senão é como comprar um iPhone de R$ 15 mil e ter que carregar no USB do computador.

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