Kia Cerato 2020 estreia com mecânica defasada e ausência de assistentes

Marcelo Ramos
25/09/2019 às 10:28.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:55
 (FOTOS KIA)

(FOTOS KIA)

A Kia lança no Brasil a nova geração do sedã Cerato. O modelo que fez sucesso no mercado nacional na última década não conseguiu repetir o mesmo sucesso na geração passada. Agora busca ganhar terreno no segmento de médios. O principal trunfo do sedã é o preço. Ele será oferecido em duas versões: EX (R$ 94.990) e SX (R$ 104.990). 

Não são valores baratos, mas é uma tabela competitiva diante de concorrentes. Para se ter uma ideia, o líder do segmento, o Corolla, se posiciona numa faixa entre R$ 100 mil e R$ 131 mil. Já C4 Lounge (R$ 96 mil a R$ 107.490), Civic (R$ 98 mil a R$ 135 mil), Cruze (R$ 99.290 a R$ 109 mil) e Jetta (R$ 100 mil a R$ 145 mil). Os únicos que contam com opções mais barata que o coreano é o Nissan Sentra (que já mudou de geração lá fora) e Mitsubishi Lancer (que já morreu no Japão). O Nissan é oferecido entre R$ 85.790 e R$ 108.190, enquanto o Lancer tem versão única, oferecida por R$ 82 mil.

Motor e câmbio

Se o preço inicial chama atenção, o sedã peca por utilizar mecânica ultrapassada, com motor 2.0 (aspirado) de 167 cv e parcos 20,6 mkgf torque, que aparecem apenas a 4.200 rpm. Trata-se do mesmo motor do finado Hyundai Elantra, que chegou no fim de 2016. 

A maioria dos rivais aposta em motores turbo, que oferecem mais força e eficiência. E a Toyota, por sua vez, ainda tem opção híbrida. Apenas Lancer e Sentra também contam com motores 2.0 aspirados.

Mas se serve de consolo, a unidade flex dispensa o tanquinho. A linha de combustível conta com sistema de aquecimento que permite que o motor dê partida com álcool, em baixas temperaturas, sem a adição de gasolina.

Em termos de transmissão, o Cerato também não inova. A caixa de seis marchas automática segue o padrão do mercado, mas alguns dos rivais oferecem sistemas mais sofisticados. Mesmo assim, a transmissão conta com opção de trocas sequenciais e atua junto com o seletor de condução que lista quatro modos: Comfort, Economy, Smart e Sport. A versão topo de linha inclui borboletas para trocas manuais no volante.

Conteúdos
A versão EX estreia equipada com direção assistida, multimídia com tela flutuante de oito polegadas (com Android Auto, Apple CarPlay, Bluetooth e USB) e ar-condicionado. O pacote de segurança inclui freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, controles eletrônicos de tração (TSC) e estabilidade (ESC), direção elétrica progressiva e assistente de partida em rampa (HAC). A versão ainda oferece luz diurna em LED, rodas aro 16 e antena do tipo barbatana. 

Já a versão topo de linha SX agrega ar-condicionado digital de duas zonas, partida sem chave, bancos em couro, aquecimento nos assentos dianteiros, câmera de ré com gráfico auxiliar de manobra, vidros elétricos com sistemas antiesmagamento, sensor de monitoramento de pressão nos pneus (TPMS), sistema imobilizador, destravamento automático das portas em caso de colisão, retrovisor interno eletrocrômico, retrovisores externos elétricos, com rebatimento automático, aquecimento e seis airbags. 

Visual

Visualmente, o Cerato segue sendo um automóvel imponente. As linha assinadas pelo designer Peter Schreyer impressionam. Segundo a marca, o desenho tem inspiração no poderoso Stinger GT, sedã de alto desempenho que foi a sensação da marca no Salão do Automóvel de São Paulo, de 2018.

O Cerato tem seu valor. Tem boa montagem, acabamento refinado e comodidade, mas a falta de motores mais eficientes e assistentes de condução fazem dele um carro que já nasce velho. Talvez seja uma opção de segundo plano, orientada pelo preço ou relacionamento com a marca.

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