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Kwid Intense Pack Biton prova que o popular não é tão popular assim

Marcelo Jabulas
@mjabulas
09/09/2023 às 20:33.
Atualizado em 19/09/2023 às 20:43
 (Foto: Renault/Divulgação)

(Foto: Renault/Divulgação)

O Renault Kwid foi lançado em 2017 como o SUV dos compactos. E o anúncio contrariou muita gente que esperava um SUV de verdade e recebeu um carrinho diminuto. O acabamento espartano e a falta de conteúdo também esfriaram o namoro.

Mas o Kwid vingou, se tornou o principal produto da marca e vende bem. No ano passado foram 57 mil unidades, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Este ano, no período entre janeiro e agosto, o carrinho acumula quase 38 mil licenciamentos.

No entanto, deixou de ser o SUV dos compactos para ser a metonímia do carro popular. E para mudar essa imagem, a Renault tem se esforçado para qualificar o carrinho. Afinal, parte de R$ 70 mil (não é barato) e conta com rivais paupérrimos como ele na mesma faixa de preços, como Fiat Mobi e Citröen C3.

Uma das investidas é o Kwid Intense Pack Biton. Essa versão oferecida por R$ 76.190 é a nova topo de linha da marca, mais cara até que a "aventureira" Outsider.

É um carrinho que oferece direção elétrica, vidros dianteiros e retrovisores elétricos, multimídia com Android Auto e Apple CarPlay, quadro de instrumentos luminoso (pois seria uma injustiça chamá-lo de digital) e quatro airbags. Luz diurna em LED, rodas de liga leve de 14 polegadas e claro, o teto em tonalidade preta (que dá nome ao pacote) fazem desse Kwid uma versão mais amigável.

Ao volante é o mesmo Kwid de sempre, seu motor 1.0 de 71 cv e 9,4 kgfm de torque, combinado com caixa manual de cinco marchas, é condizente com seu peso de 820 kg. Apenas com motorista e um passageiro, o carrinho se desenvolve bem na cidade.

A transmissão é imprecisa como sempre, com engates duros e folga no trambulador que consegue ser pior que a trágica caixa de Mobi e Argo. O acabamento é simples, mesmo com visual bonitinho da versão. O isolamento acústico também está longe de ser referência, mas é o que se pode ter de mais sofisticado em um Kwid.

Abastecido com etanol, o carrinho anotou média urbana na casa dos 11 km/l. Um valor considerável quando se abastece com o combustível verde. 

Um dos senões do Kwid é que ele é estreito, tem apenas 1,57 m de largura. Apesar de ser homologado para cinco ocupantes, o ideal é levar só quatro. O porta-malas comporta 290 litros. 

Ou seja, é um carrinho que pode ser interessante para quem faz questão de um zero km, mas não pode pagar mais por um modelo mais qualificado ou espaçoso. Pois, recheio, ele tem.

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