A Opel (marca alemã da General Motors) acaba de lançar o sucessor da minivan Meriva, que acentua ainda mais o processo de extinção dos monovolumes. O Crossland X estreia na mesma toada que a nova geração do Peugeot 3008, que abandonou a carroceria monovolume para ganhar estrutura de utilitário-esportivo (SUV).
O novo jipinho chega para ocupar a base do segmento no mercado europeu, abaixo do Mokka X (que nada mais é que a versão alemã do Chevrolet Tracker, apresentado por aqui no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro).
Seus concorrentes diretos no mercado europeu serão modelos como Peugeot 2008 e Renault Captur, que aparecem como opções de jipinhos urbanos de uso familiar. Compacto, o Crossland X tem apenas 4,21 metros de comprimento (menor que um Chevrolet Prisma). O uso da pintura em dois tons segue o mesmo padrão estético do pequenino Adam.
Outra herança do caçula da Opel que o jipinho também deverá receber é o conjunto motor. A Opel ainda faz mistério sobre qual será a família de propulsores do modelo, se terá opção híbrida ou não. No entanto, é muito provável que ele receba os motores turbo 1.0 (três cilindros) de 90 cv e também a unidade 1.4 de 153 cv, idêntica à que equipa o Cruze, Cruze Sport6 e Tracker por aqui, com opções de caixas manual e automática.
Apesar de ser um SUV, o Crossland X ainda tem muito de monovolume na arquitetura e lembra muito o Honda WR-V (uma espécie de utilitário construído sobre a base do Fit), que fará a estreia por aqui em breve. O capô pequeno permite mais espaço para cabine e bagageiro, que, segundo a marca, tem 410 litros e pode superar os 1.200 litros com os bancos traseiros rebatidos.
Agonia das minivans
O desaquecimento das vendas de monovolumes tem sido registrado no mundo inteiro, inclusive no mercado europeu que sempre teve demanda aquecida por esse tipo de veículo. A oferta tem caído com frequência principalmente pelo avanço dos utilitários-esportivos, que tomaram o lugar das minivans.
Segundo a consultoria JATO Dynamics, as vendas de SUV são quase o dobro das de monovolumes, no Velho Mundo. Por aqui, a tendência é a mesma e a extinção das minivans se agravou com a morte do Fiat Idea, na semana passada.