Depois de um ciberataque de proporções mundiais, com vítimas em 150 países, muitas passaram a se perguntar sobre o funcionamento do bitcoin. Isso porque os hackers criadores do "WannaCry", vírus que se espalhou pelo mundo desde sexta-feira (12), estavam pedindo resgate por meio dessa moeda virtual criada em 2009.
O "WannaCry", um software de resgate combinando as funções de malware e worm, sequestra os arquivos do usuário e os obriga a pagar 300 dólares (275 euros) para recuperá-los. O resgate é solicitado em moeda virtual, bitcoin, que difícil de se rastrear.
De acordo com o diretor da Europol, Rob Wainwright, "aconteceram surpreendentemente poucos pagamentos até agora". A empresa de segurança Digital Shadows relatou no domingo um total de 32 mil dólares pagos. "Pagar o resgate não garante a restituição dos arquivos", alertou o Departamento de Segurança Interna americano.
Segundo o consultor e professor de Ciência da Informação Fernando Zaidan, os criadores do “WannaCry” foram inteligentes ao pedir os resgates em bitcoin, uma moeda virtual muito usada por pessoas que trabalham com tecnologia e que é difícil de ser rastreada. “Venho acompanhando esse mercado há alguns meses e fiz investimento em bitcoin, pois houve uma alta assustadora de valores e é um negócio bastante seguro”, explica o professor. “Comprar bitcoin é muito simples e não é ilegal. No futuro, muitas empresas devem receber seus pagamentos em bitcoin”.
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