(Divulgação)
O segmento de sedãs tem passado por mudanças nos últimos anos. Com o crescimento do interesse pelos SUVs, os sedãs perderam encanto. Os médios que sempre foram referência de refinamento e tiveram seu grande momento entre as décadas de 1990 e 2000 praticamente desapareceram.
Entre os nacionais, só restou o Toyota Corolla. Honda Civic e Nissan Sentra continuam como figurantes, vindos de fora. A Chevrolet aposentou o Vectra há mais de 10 anos e também já pendurou as chuteiras do Cruze, que vinha da Argentina.
Ford, Fiat também deixaram o segmento de lado. A Volkswagen, por sua vez, deixou de fabricar médios localmente em 2006, quando aposentou o Santana.
Depois disso, a VW apostou em importados como Passat, Bora e Jetta. Por aqui investiu em compactos como Polo Sedan e Voyage. Mas em 2018 trouxe o Virtus, que seria o sedã da atual geração do Polo.
Cotado como compacto, o sedã alemão nunca foi um por função. Com 4,56 m de comprimento ele é apenas 6 cm menor que o Santana. Ou seja, é um médio por natureza, mas posicionado num degrau intermediário entre Voyage e Jetta.
Com preços que partem de R$ 110 mil, o Jetta é uma opções interessantes para quem busca um sedã com espaço de sobra, mas não pode comprar um médio. Testamos a versão Highline, que parte de R$ 140 mil e traz um pacote de conteúdos farto.
Equipado com motor 200 TSI 1.0 turbo de 128 cv e 20 kgfm de torque, a unidade é combinada com transmissão automática de seis marchas. Para se ter uma ideia, o motor AP-2000 2.0 do Santana entregava 114 cv e 17,5 kgfm de torque. Ou seja, o Virtus consegue ser mais potente e forte com a metade do deslocamento do motor e um cilindro a menos.
O comportamento do Virtus impressiona: o carro tem força a toda hora. Não é um esportivo, mas não refuga. Tem força que garante retomadas rápidas e ultrapassagens seguras. O consumo com gasolina gira em torno de 10,6 km/l na cidade.
O pacote de conteúdos conta com quadro de instrumentos digital, multimídia com conexão sem fio para smartphones, carregamento por indução, cli-matização digital e assistentes de condução. Partida sem chave, vidros e retrovisores elétricos completam o conjunto.
Para ser um médio completo bastava adicionar freio de estacionamento eletrônico e teto solar. Os bancos em couro agradam, mas o acabamento é simples, com plásticos duros, algo que é heresia em um médio.
Visualmente, o Virtus agrada bastante e não aparenta ter seis anos de mercado. Em 2023, o sedã passou por um leve retoque visual, com novo para-choque, bem mais atraente. As rodas aro 17 e os pneus 205/50 dão esportividade ao sedã.
No frigir dos ovos, o Virtus é um sedã médio nas medidas, com um imenso porta-malas de 521 litros e espaço de sobra. O acabamento está muito aquém, mas o pacote de conteúdos não deixa nada a desejar aos médios que resistiram no mercado.
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