O Conjunto Moderno da Pampulha está na lista indicativa do Brasil para Patrimônio Cultural da Humanidade há exatos 20 anos. No entanto, somente há quatro anos é que efetivamente começou a corrida pelo reconhecimento, que está perto de ser concretizado. Na semana que entra, a Unesco reunirá, na Turquia, técnicos que decidirão se a Pampulha terá ou não o título.
Para quem nasceu ou mora há muitos anos em Belo Horizonte, talvez as curvas da arquitetura da Pampulha não chamem tanto a atenção, por já fazerem parte daquele vai e vem do dia a dia. Porém, fique um tempo sem visitar o conjunto arquitetônico que compõe o entorno da Lagoa e perceba, em um domingo ensolarado pela manhã, a maravilha que é aquele cartão-postal da capital mineira.
Uma das primeiras e mais significativas obras do grande e eterno arquiteto Oscar Niemeyer, que em parceria com o então prefeito Juscelino Kubistchek, deu vida à ideia que JK teve de criar um lago que servisse para a prática de esportes náuticos.
Difícil imaginar, mas, nos primeiros anos de existência, a Lagoa da Pampulha abrigou competições de esportes náuticos. Não existia aquele espelho d’água imundo, repleto de lixo e esgoto, com mau cheiro e coloração esverdeada. O desafio de despoluir a Lagoa está sendo enfrentado há algum tempo e faz parte do comprometimento feito pela Prefeitura de Belo Horizonte à Unesco.
A partir deste domingo, o Hoje em Dia vai trazer uma série de reportagens para mostrar o caminho percorrido até aqui para levar a Pampulha a conseguir o título internacional. Um caminho que levou tempo para entrar nos eixos, com muitas idas e vindas.
O reconhecimento internacional que este patrimônio está prestes a receber vai contribuir para a própria preservação do conjunto arquitetônico e da área que o circunda. Com o título, serão garantidos recursos para manutenção, revitalização e valorização da Pampulha. Vamos torcer!