O aumento do número de suspeitas e casos confirmados da Covid-19 e a preocupação com a disseminação do Coronavírus levaram autoridades e iniciativa privada a se definir pela suspensão de eventos que possam gerar aglomeração de público. Em alguns estados, também a suspender aulas e optar pelo trabalho remoto. Ao mesmo tempo, tem-se, por parte do Ministério da Saúde, um trabalho de conscientização e informação muito bem estruturado que mostra tanto o que deve ser feito, quando o que não é verdade em relação à pandemia.
Medidas como evitar os cumprimentos com as mãos e abraços, manter uma distância de segurança em meio a outras pessoas e higienizar as mãos tanto quanto possível, com água e álcool gel são importantes e devem ser seguidas por todos, indistintamente. Assim como estar atento a sintomas que indiquem algo mais que uma simples gripe.
Por outro lado, ainda que os números globais sugiram o contrário, não é o caso de entrar em pânico, ou adotar posturas de uma cautela superior à realmente necessária, ou que possam criar uma atmosfera ainda pior. Correr aos supermercados para fazer estoques (especialmente de produtos de limpeza e higiene); repassar informações sem a devida comprovação científica ou, de alguma forma, discriminar alguém “porque tem cara de estrangeiro” ou “veio recentemente da Europa” em nada ajuda a superar um momento sem precedentes na história recente.
Num raciocínio oposto, também não é o caso de subestimar uma ameaça real, ou de agir de modo a facilitar a transmissão. Protocolos como a quarentena de duas semanas não surgiram do nada, são fruto da experiência e observação clínicas, e também vêm sendo adotados no resto do mundo.
Casos de pessoas com suspeita de Covid-19 que se recusaram a testar para a doença (e houve caso de resultado positivo), ou de quem ignorou o período de isolamento são gravíssimos. Não se pode perder de forma alguma o bom senso e a condição de pertencimento de cada um de nós. Não há estrutura hospitalar que dê conta diante de comportamentos irresponsáveis e da insistência em ignorar recomendações e determinações. Também da postura de cada um dependerá o tamanho da pandemia.