Editorial.

Costuras políticas

Publicado em 24/04/2016 às 19:05.Atualizado em 16/11/2021 às 03:05.

Faltam pouco mais de cinco meses para as eleições municipais e, nos bastidores da política nacional, já se fala de alterações nas alianças regionais em prol do fortalecimento de Michel Temer (PMDB), caso ele venha a ser Presidente da República com uma eventual saída de Dilma Rousseff.

Nesse meio, todos nós já sabemos (basta acompanhar como está o dia a dia em Brasília pelo noticiário diariamente) que nenhuma coligação ou aliança é impossível neste momento de ampla incerteza dos rumos do país. Aqui em Belo Horizonte, por exemplo, tivemos o atual prefeito Marcio Lacerda (PSB) sendo apoiado tanto por PT quanto por PSDB para o primeiro mandato, quando assumiu a prefeitura.

E, realmente, a coisa é muito costurada mesmo na política, como uma interminável colcha de retalhos. Veja bem: o PSD desembarcou do governo Dilma, tendo o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla, deixado o Ministério das Cidades justamente para apostar nas articulações para as eleições municipais. Do mesmo partido (PSD) é o atual vice-prefeito da capital mineira, Délio Malheiros. O político tem um bom trânsito com o PSB de Lacerda, o PSDB de Aécio Neves e o PMDB de Temer. Hoje, é um dos nomes mais ventilados para candidatura ao Executivo municipal.

É possível falar em 12 pré-candidatos até o momento para a disputa da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Marcio Lacerda tem opinado sobre o assunto e não teria aceitado o nome do deputado estadual João Leite, pré-candidato escolhido pelo PSDB municipal. Nesse sentido, uma dobradinha PSB-PSDB talvez não vingue. Mas, pode acontecer uma união de siglas em torno de Délio Malheiros para a PBH.

Por enquanto ainda é tudo especulação, conversa de bastidores. Na verdade, todos aguardam um desfecho sobre o impedimento de Dilma Rousseff no Senado. Pelo calendário, no caso de o impeachment realmente ser aceito e a presidente deixar o Planalto por 180 dias, Michel Temer estará no comando do país na época das eleições (outubro) e, até lá, negociações de todo o tipo serão tocadas em âmbitos federal, estadual e municipal. Vamos aguardar!

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