Editorial.

Cuidado justificado para evitar pandemia

Publicado em 21/01/2020 às 20:01.Atualizado em 27/10/2021 às 02:22.

“Um espirro na China pode gripar o Brasil”. A frase é muito usada quando se fala de economia, para mostrar como os movimentos em mercados distantes, mas importantes, podem ter ação bem mais ampla e alcance global. Mas também vale, de modo praticamente literal, para exemplificar um novo risco à saúde, que se alastra justamente a partir do país mais populoso do mundo.

Um novo tipo de Coronavírus identificado na cidade de Wuhan leva a uma infecção respiratória que já causou mortes e ainda não tem sua ação completamente compreendida pela comunidade científica – teria apresentado como primeiros hospedeiros animais vivos. Assim como ainda não se sabe o potencial de transmissibilidade, embora o contágio por via aérea tenha sido confirmado.

Não só a economia se tornou interligada nas últimas décadas como também o fluxo de pessoas entre países e continentes aumentou exponencialmente. Com ele, crescem os riscos de disseminação do que poderia ser uma questão de saúde localizada, mas ganha potencial para se tornar uma pandemia. O que surgiu na China já teve casos registrados em países vizinhos e mesmo nos Estados Unidos. O que amplifica o perigo de transmissão para outras partes do mundo.

Uma das formas de evitar um saldo dramático é atuar de forma preventiva e imediata, com ações como o monitoramento de viajantes originários das áreas de contágio; indicar hospitais de referência para o encaminhamento de casos suspeitos e também orientar cidadãos a evitar as regiões que concentram maior número de ocorrências. O que, como se vê pelo noticiário, começa a ocorrer em boa parte do mundo, à espera dos esclarecimentos que ajudarão a enfrentar o problema do modo mais adequado.

Diante disso, é importante saber que, em Minas, já se observa as ocorrências ligadas ao novo vírus com atenção e preocupação. Não se trata de criar clima de pânico ou antecipar algo cuja gravidade ainda não se mostra evidente, mas agir como deveria ser o caso em qualquer questão de saúde: com uma visão preventiva, buscando se antecipar aos fatos. Tanto quanto pode ser o caso da doença, a informação também circula de forma global e é uma arma importante para vencê-la.

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