Editorial.

Hora sim, de pensar no que nos faça melhores

Publicado em 10/05/2020 às 17:44.Atualizado em 27/10/2021 às 03:28.

A pandemia de Covid-19 impôs, em praticamente todo o planeta, uma nova realidade de vida, em que não só atividades consideradas supérfluas ficaram de lado, como também muito do que era feito rotineiramente. Sem alternativas diante do fechamento do que não é considerado essencial, as pessoas se viram obrigadas a se adaptar às limitações e, ao menos no momento, deixar em segundo plano vaidades, preocupações estéticas. 

<CW30>Da mesma forma, a impossibilidade de usar os espaços abertos provocou impacto em hábitos saudáveis, como a preocupação com a forma e o exercício físicos, comprovadamente eficazes para uma maior imunidade e melhor condição de saúde, inclusive mental.
</CW>Restritos a ambientes menores, distanciados dos entes queridos ou, por outro lado, ainda mais próximos, passamos a lidar com incertezas, perdas, questionamentos. A pandemia trouxe consigo a certeza da ruptura de paradigmas, do que era válido e consagrado até hoje. Deixará marcas, em maior ou menor grau, que determinarão muito do que será a nova normalidade. Não necessariamente pior, mas certamente diferente.
A doença do corpo também adoece a alma. Deprime, angustia, causa ansiedade. Nos vemos diante de um emprego do tempo que leva à reflexão: o usávamos adequadamente até agora ou é necessário redescobri-lo, repensá-lo? Nesse aspecto, é fundamental considerar a ajuda de especialistas, de quem possa ajudar a clarear o horizonte e não tornar o novo algo assustador e paralisante.

Por outro lado, é importante pensar em pequenos gestos e costumes que fazem bem, que ajudam a compor um cenário de maior qualidade de vida, que deve ser sempre a meta. A partir de um ‘inocente’ corte de cabelo, de uma ida à academia de ginástica ou atividade a céu aberto. O que virá trará consigo a chance de ressignificar a existência, mas não pode nos afastar de nossa essência. A história mostra que grandes tragédias trouxeram consigo um potencial transformador que não deve ser desprezado. Que se saiba aproveitá-lo em sua plenitude para crescermos enquanto sociedade.
 

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