Editorial.

Mais uma para combater

12/04/2016 às 21:33.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:55

Não bastassem as crises política e econômica e o mosquitinho listrado Aedes aegypti, o brasileiro precisa ficar atento a mais um problema: a gripe H1N1.

Conhecido nosso há alguns anos, o vírus Influenza A voltou a circular com força total (lembrando que estamos na época do ano mais seca do ano, quando a incidência de doenças respiratórias é maior) e já fez com que as demandas por vacina e medicamentos crescessem nas clínicas e nas farmácias de Belo Horizonte.

A campanha de vacinação será iniciada no próximo dia 30, tendo sido antecipada justamente pela circulação aumentada da doença, mas, mesmo assim, há longas filas em clínicas particulares que fornecem a vacina.

Na capital mineira, de acordo com levantamento do Hoje em Dia, na quase totalidade das drogarias, não há o Tamiflu (nome comercial para Oseltamivir, o princípio ativo), medicamento utilizado para tratar os pacientes já diagnosticados com o H1N1.

E a falta do remédio não acontece pelo preço baixo dos comprimidos – cada caixa com dez custa de R$ 220 a R$ 260. Em alguns postos de saúde ainda é possível encontrar a medicação, mas é preciso paciência e sola de sapato. Somente nos primeiros três meses deste ano, o Ministério da Saúde distribuiu 45 mil caixas do Oseltamivir, enquanto que em todo o ano de 2015 foram entregues em Minas 39 mil.

Especialistas advertem que o uso desse medicamento de forma indiscriminada pode, ao invés de ajudar, piorar o estado de saúde dos doentes e das pessoas saudáveis, já que alguns médicos têm prescrito a medicação como profilaxia do vírus Influenza A. Nesses casos em que pessoas tomam o remédio de forma preventiva, podem ocorrer delírios, alucinações, e outras complicações.

O Oseltamivir só deve ser utilizado por infectados pelo H1N1 e não por aqueles que foram atingidos por resfriados comuns. O tratamento deve ser iniciado após dois dias do início dos sintomas da Influenza: febre, tosse, dor de garganta, calafrios e dores pelo corpo, nada diferente de uma gripe comum. Por isso, procurar um médico e obter o diagnóstico correto é o primeiro passo para curar-se da doença.

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