Belo Horizonte e mais três cidades de Minas Gerais escolheram os seus próximos prefeitos. É hora agora de esquecer as diferenças e as disputas durante a campanha eleitoral e se concentrar na administração dos municípios de grande importância para o Estado. 

Em comum, as próximas administrações de BH, Contagem, Juiz de Fora e Montes Claros terão, como principal desafio para os próximos aos, manter projetos e criar novas iniciativas com estimativas de queda na arrecadação. Corrigida a inflação, todos terão menos dinheiro para tocar os projetos. Será preciso muita criatividade e competência para evitar retrocessos. 

No caso específico da capital mineira, o novo prefeito assume a cadeira após oito anos de gestão de Marcio Lacerda. Nesse tempo, sem dúvida, a cidade registrou alguns avanços que não podem ser interrompidos, como destacam os especialistas em vários setores ouvidos pelo Hoje em Dia nesta edição. 

Entre as principais está a mobilidade urbana. Antes de Lacerda, a cidade passou praticamente 20 anos sem grandes obras viárias. O sistema Move e as obras nas avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado renovaram o transporte coletivo, mas a cidade continua com alguns gargalos em outras regiões. O metrô, grande sonho da população, parece ser cada vez mais uma utopia, principalmente em um momento de crise como o Brasil atravessa neste momento. 

Na educação, a ampliação das Umeis é praticamente uma obrigação do novo prefeito. O modelo fez com que as classes média e alta voltassem a matricular as crianças em unidades públicas. Além de zerar o déficit de creches, um desafio da próxima administração será resolver o imbróglio sobre a carreira do educador infantil e levar para o ensino fundamental o sucesso do modelo da educação infantil.

A saúde é outra área que vai requisitar do prefeito muita dedicação. Conforme especialistas, após um avanço na educação básica a cidade precisa de um salto no atendimento especializado. E para isso, não tem jeito, é preciso recurso. 

Essas são algumas das dificuldades que terão que ser superadas pelo novo administrador da capital mineira. Esperamos que o escolhido já tenha boa noção do que vai enfrentar e já busque as soluções o mais rápido possível. Os próximos quatro anos começam hoje.