Editorial.

Polícia mais próxima do cidadão

Publicado em 25/10/2016 às 20:35.Atualizado em 15/11/2021 às 21:23.

O combate ao crime tem que ser contínuo e adaptável aos novos tempos. Os bandidos sempre buscam o tempo todo enganar as forças de segurança para atuar. Se a polícia aperta por um lado, os infratores escapam por outro. É um eterno jogo de gato e rato. 

Uma das tendências detectadas pela pesquisa da ong Sou da Paz é que há um aumento significativo na apreensão de armas caseiras. A fabricação, que antes era restrita a especialistas, pode ser realizada seguindo vídeos na internet e divulgados em redes sociais. Qualquer site de vídeos tem dezenas desses tutoriais. 
E são essas armas que são usadas em crimes de menor potencial ofensivo, mas que geram na população uma imensa sensação de insegurança, que são os furtos, assaltos e roubos de residências. Uma minoria desses artefatos é usada em ações de grandes grupos criminosos, como em sequestro de assaltos a bancos. 

Por isso, é necessária, como defende um especialista na edição de hoje, uma mudança na tática da Polícia Militar de Minas, responsável pela ação preventiva. São essas pequenas armas que precisam ser priorizadas em trabalhos de busca e investigação. Armamentos de maior potencial destrutivo não são fabricados em casa ou no Brasil. Eles vêm por contrabando, via fronteira com países vizinhos, uma função muito mais das forças federais. 

Mudança de tática que já se vê na preocupação da atual cúpula da PM em ampliar o número de base móveis comunitárias nas ruas, principalmente na RMBH, como também destacamos nesta edição. Além de dificultar a ação de bandidos, isso favorece a redução da sensação de insegurança na população. 

Nesse modelo, a relação dos moradores com os agentes de segurança fica mais próxima. Antigamente, mesmo em cidades maiores, os policiais ficavam mais tempo em uma mesma região ou bairro. Assim, eles conheciam toda a rotina daquela localidade e percebiam mais facilmente quando algo estava errado. A população também adquiria confiança naqueles agentes que estavam ali quase todos os dias e ajudavam com denúncias e informações. Era comum chamarmos os policiais pelos nomes. 

Quando mais a polícia estiver próximo ao cidadão maior será a contribuição que esse cidadão poderá ter na segurança, e melhor qualidade de vida teremos todos nós. 
 

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