Os radares de trânsito foram criados pelo homem para exercerem um papel preventivo, inibindo motoristas imprudentes e apressados. A meta é contínua e consiste em reduzir o número de acidentes registrados nas vias onde eles estão presentes.

Porém, para funcionarem não é necessário apenas instalar os equipamentos nas ruas e nas rodovias, existe toda uma operação por trás deles e, como para tudo no Brasil, tal serviço envolve uma burocracia que parece interminável.

É o que tem acontecido no Anel Rodoviário, palco de constantes e graves acidentes. Há mais de um ano, novos radares foram instalados na estrada, concedida à empresa Via 040, mas permanecem sem funcionamento por pendências de um processo entre a concessionária e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável por desligar os controladores de velocidade nas rodovias federais que estão sob responsabilidade privada em todo o país, alegando problemas financeiros.

Segundo dados do Departamento, só em Minas Gerais serão 242 equipamentos desligados nas BRs 040, 050, 262 e 153.

De um lado, tanto a Via 040, responsável pela BR-040, quando a MGO Rodovias, concessionária da BR-050, aguardam, do outro lado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovar os estudos técnicos desenvolvidos pelas empresas e autorizar que as mesmas liguem os aparelhos.
A agência afirmou que, até o fim deste mês, enviará as informações para que as empresas deem sequência ao religamento dos aparelhos.

Enquanto isso, os radares, mesmo que desligados, acabam por inibir aqueles “novatos” na rodovia, ou os que não tem costume ou frequência de passar por ali...

No entanto, é preciso entender que a presença de um radar em funcionamento é disciplinante e inibidora de muitos comportamentos perigosos desenvolvidos pelos condutores nas rodovias.