Três ataques terroristas ligados ao autointitulado Estado Islâmico (apesar de o governo de Bangladesh ter negado que o atentado tenha ligação com o grupo), ocorridos em menos de uma semana, indicam uma nova fase da milícia extremista contra alguns dos alvos já conhecidos, como a Turquia.
Somente neste ano, o país sofreu quatro atentados terroristas assumidos diretamente pelo grupo ou realizado por “simpatizantes” – como no caso do tiroteio promovido na boate Pulse, estabelecimento voltado ao público gay em Orlando, nos Estados Unidos.
De 2015 pra cá, foram nove no total. Aquele país tem lutado contra o EI, com medidas de segurança máxima nas fronteiras e apoio logístico a grupos sírios que se opõem ao Estado Islâmico fornecendo, inclusive, armamento.
O EI está se vingando. Do Iraque, por ter perdido o território de Fallujah, terreno no campo de batalha contra a coalizão internacional. Da Turquia, por combater o grupo e fazer parte das nações que querem exterminar o EI. Dos outros territórios, por desejarem que todos se convertam ao Islamismo e submetam-se aos mandos e desmandos do “califa”, um líder supremo que se acredita ser o sucessor de Maomé.
Na última semana, os mortos em ataques terroristas foram, pelo menos, 230; ainda há quase duas centenas feridos
A principal meta do grupo terrorista é conquistar um grande território, que compreende diversos países do Norte da África, aqueles que fazem parte do Oriente Médio e alguns localizados na parte ocidental da Ásia, com exceção da Rússia, para, finalmente, criar um Estado Islâmico no qual os moradores prestem lealdade e obediência pela religião.
Mas, apesar dessa meta estar direcionada para uma porção específica do planeta, os países como um todo temem o crescimento do EI e de seu poder e influência sob pessoas aleatórias pelo mundo.
O modus operandi do grupo consiste em impor, de forma gradual, a própria leitura do Islamismo a populações desgastadas e altamente machucadas física e mentalmente pelas guerras civis. Essa influência, altamente fundamentalista, produz verdadeiros soldados prontos para o sacrifício em nome do Estado Islâmico.
No entanto, não só os pessoalmente influenciados são produtores de ataques terroristas e suicidas. E isto é o que mais preocupa os países, e o Brasil está incluído. Nosso país sediará um dos maiores eventos esportivos de todo o mundo e terá como hóspedes autoridades e pessoas de peso no contexto mundial.
Sermos um dos alvos do Estado Islâmico ou desses “lobos solitários” fãs dos jihadistas é uma das maiores preocupações das autoridades de segurança brasileiras para os jogos do Rio 2016. O país não está envolvido em operações bélicas no Oriente Médio e nem nos territórios que o EI tem como objetivo. Somos pacíficos. Mas será que é o suficiente?