Abanorte expõe trabalhos ns FENAGRI

Jornal O Norte
24/07/2008 às 22:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:39

Valéria Esteves


Colaboração para O NORTE

A Abanorte- Associação dos Fruticultores do Norte de Minas participa desde essa quinta-feira da maior feira de agricultura irrigada da América Latina, a 19ª Fenagri– Feira Nacional da Agricultura Irrigada, em Petrolina.

Em contrapartida outras iniciativas estão se dando. Segundo informações da Abanorte, haverá, entre os produtores da região e da Itália, um intercâmbio onde o cooperativismo tem como importância facilitar a comercialização dos produtos. Aqui no Norte de Minas a Epamig- Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais com a Embrapa- Empresa brasileira de pesquisa agropecuária realiza em agosto o Pif Brasil da Banana (Sistema integrado de fruta).

Atualmente, a PIF contempla as seguintes espécies: Citros, Maçã, Mamão, Uva, Manga, Caju, Coco, Banana, Melão, Pêssego/nectarina, Goiaba, Caqui, Maracujá e Figo.

Segundo a Embrapa o objetivo do curso que durou uma semana foi capacitar técnicos para atuarem como responsáveis técnicos de propriedades e empacotadoras inscritas no programa de produção integrada de banana além de habilitá-los para o processo de certificação de propriedades e empacotadora num trabalho realizado em parceria com órgãos credenciados com o Inmetro na avaliação de conformidade.

Mas voltando a falar sobre a Fenagri, a Abanorte a convite do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vai representar a fruticultura durante o evento. O presidente Dirceu Colares, irá palestrar sobre mercado interno – enfoque nos canais de comercialização e nos preços durante mesa redonda Perspectivas para a fruticultura tropical no novo cenário mundial.

Este será o primeiro de uma série de debates sobre perspectivas e cenários para a fruticultura. Devido à heterogeneidade da fruticultura brasileira, optou-se pela realização de três mesas-redondas, em fóruns diferentes, as quais terão enfoque em: fruticultura tropical, fruticultura temperada e fruticultura subtropical, durante a Fenagri.

Visto que há uma demanda da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura para a modernização e formulação de políticas agrícolas específicas para o setor, este fórum tem o objetivo de identificar as perspectivas para a fruticultura tropical diante do novo cenário de preços agrícolas, além de fornecer subsídios ao ministério da Agricultura e, em especial, à secretaria de Política Agrícola, para a formulação de políticas para o setor.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com uma produção de mais de 40 milhões de toneladas em 2,3 milhões de hectares. O valor da produção nacional de frutas, em 2006, foi estimado em R$ 16,3 bilhões, comparável ao da soja, o qual gerou R$ 18,4 bilhões, mas ocupando uma área quase 10 vezes maior. Além disso, estima-se que para cada US$ 10 mil investidos em fruticultura sejam gerados 3 empregos diretos e 2 indiretos.

O país exporta apenas 3% de sua produção na forma de frutas frescas e o consumo interno ainda é muito aquém do que se verifica em outros países. Todo esse potencial produtivo e exportador precisam ser mais bem explorados.


      


PIF DA BANANA

Os organizadores do evento, Pif da banana relataram que o curso está oferecendo informações sobre o sistema de produção integrada de banana, processo de auditoria e avaliação da conformidade, aspectos econômicos, sociais, técnicos e ambientais relacionados ao cultivo da bananeira objetivando cumprir as premissas básicas do sistema de produção e das normas técnicas específicas para esse cultivo.

Segundo Zilton José Maciel Cordeiro, coordenador do curso, a produção integrada de banana vem sendo trabalhada no Norte de Minas e no sudoeste da Bahia, mas os dois primeiros projetos foram desenvolvidos em São Paulo e Santa Catarina, gerando os documentos básicos do PIB- Produto Interno Bruto que podem ser acessados e utilizados por qualquer produtor interessado no sistema.

De acordo com o ministério da Agricultura, a PIF- Produção Integrada de Frutas é uma exigência dos mercados importadores sobretudo da Comunidade Européia (CE), rigorosa em requisitos de qualidade e sustentabilidade, que enfatiza primordialmente a proteção do meio ambiente, segurança alimentar, condições de trabalho, saúde humana e viabilidade econômica. E nesta linha de pensamento, o sistema PIF vai consolidar a competitividade do setor frutícola nacional e fortalecer as relações entre os setores público e privado, além de dinamizar o mercado interno e permitir uma expansão das exportações brasileiras.

A colocação em prática do conjunto de normas da PIF pelo produtor.

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