Valéria Esteves
Repórter
valeria@onorte.net
Enquanto a Cemig explana seus projetos quanto à preservação do meio ambiente e da bacia do Rio São Francisco, o Sisema- Sistema Estadual de Meio Ambiente, secretarias de estado da Agricultura e da Saúde, Copasa, polícia militar e corpo de bombeiros dão resultado das ações que vão monitorar a qualidade da água e de pescados no velho Chico.
Cedec alerta quanto a presença de cianobactérias
no Rio São Francisco
Segundo os moradores do município de São Francisco, muitas pessoas estão sendo intoxicadas e sofrendo alergias devido a presença de cianobactérias, as chamadas algas azuis, que mudou a coloração da água e provocou a morte de peixes nas últimas semanas nas cidades ribeirinhas. Especialistas dizem que as cianobactérias são frutos dos dejetos despejados nos rios, principalmente o esgoto doméstico.
Vários órgãos fazem o monitoramento da qualidade da água e, conforme informou o governo de Minas nessa quarta-feira, o Sisema definiu ações de monitoramento da qualidade da água e de pescados, acompanhamento de populações ribeirinhas, atendimento e orientação às cidades que possuem sistema de abastecimento de água autônomo, bem como o acompanhamento por parte da Copasa de sistemas de abastecimento em suas áreas de concessão, entre outras iniciativas.
Na última quarta-feira, a Cemig mostrou que tem projetos que podem ajudar a reconstruir áreas degradadas. O geógrafo Alexander Gonçalves falou sobre como gerar energia e quais os procedimentos e planejamentos que fazem uma usina hidrelétrica funcionar. Contou também que o planejamento é tudo para administrar bem uma usina. Lembrou que 99% da energia gerada pela Cemig é hidroelétrica, sendo a água, portanto, a fonte de energia responsável pelo abastecimento em todo o estado de Minas Gerais.
QUESTIONAMENTOS
Um dos problemas mais questionados pela população é quanto à cobrança da taxa de iluminação pública. Sobre o assunto,a Cemig informa que a cobrança vai diretamente para o município e que se trata de um acordo que a Cemig faz com a prefeitura para fornecer energia no local e que, se o consumidor se sentir lesado, tem todo o direito de procurar a justiça.
Outro questionamento diz respeito a energia economizada durante o período do horário de verão, que começa no próximo dia 15 e vai até fevereiro de 2008. A Cemig relatou que, durante quatro meses é economizado apenas 1% de energia. Apesar disso, essa economia é capaz de abastecer por um mês cidades do porte de Uberaba e Sete Lagoas.
Acerca do meio ambiente, a Cemig anunciou a criação de parcerias com universidades e com a Codevasf para peixar as barragens. Nas pesquisas, conforme a bióloga, Marcela David, está sendo possível devolver ao rio espécies já em extinção e ainda favorecer, no período da piracema, a procriação nas cabeceiras dos rios. Isso é possível porque foi constatado por pesquisas que escadas feitas nos paredões das barragens ajudam os peixes a alcançar as cabeceiras. Para comprovar se os peixes estão chegando lá, pesquisadores implantaram chips que monitoram todo o percurso. Para tanto, a Cemig está distribuindo cartazes onde diz que quem encontrar os peixes que têm o chip poderá ganhar brindes.
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