Acusado de assassinato, príncipe saudita pode ter pena de morte

29/12/2013 às 15:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:03

Um príncipe saudita que assassinou um cidadão do país pode ser executado, informou o jornal Arab News, sem dizer o seu nome. Caso a condenação seja confirmada, será um raro exemplo de um membro da família real do país a enfrentar a pena de morte.

A possibilidade de condenação foi aberta após autorização de um alto membro da família real, o príncipe Salman.

Em mensagem ao ministro do Interior, o príncipe Mohammed bin Nayef, Salman disse que a sharia (lei islâmica) "deve ser aplicada sem exceção". "Não há diferença entre grande e pequeno, rico e pobre... ninguém pode interferir na decisão do Judiciário", escreveu.

De acordo com o jornal, o pai da vítima, também não identificada, disse que não estava pronto para perdoar o assassino e que não estava satisfeito com a indenização proposta.

Na Arábia Saudita, as famílias de vítimas de assassinato são encorajadas pelas autoridades a aceitar indenização ao invés de insistir na execução do assassino.

O jornal que publicou a notícia pertence a um grupo de mídia presidido por um filho do príncipe Salman, que autorizou a execução.

Em 2012, 82 condenados foram executados no país, que segue uma versão radical da lei islâmica e usa decapitações públicas em suas sentenças de morte. Raramente, porém, membros da família real são executados. O caso mais famoso tem quase 40 anos: a condenação de Faisal bin Musaid al Saud pelo assassinato de seu tio, o rei Faisal, em 1975.

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