O TST (Tribunal Superior do Trabalho) apresentou nesta quarta-feira (17) uma proposta para tentar resolver o impasse nas negociações salariais entre aeronautas (pilotos, copilotos e comissários de voo) e empresas aéreas. Nesta quarta-feira houve a audiência de conciliação entre o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) e as empresas aéreas no TST, em Brasília.
A proposta, feita pelo ministro Ives Gandra, e aceita pelas empresas prevê um reajuste de 11%, pago em duas parcelas de 5,5%, em fevereiro e maio. O percentual era reclamado pelos trabalhadores, que chegaram a paralisar os serviços por duas horas no dia 3 de fevereiro, em 12 aeroportos do país.
"Esta é uma proposta justa para o contexto econômico de crise que o país vive e para a situação deficitária que as empresas aéreas apresentam", afirmou em nota o ministro Ives Gandra.
Além do reajuste salarial, a proposta prevê ainda um reajuste de 11% em benefícios como o vale alimentação e o seguro de vida, um abono de 10% da remuneração a ser pago na folha de fevereiro; aumento do teto da remuneração para o recebimento do vale-alimentação e a garantia que não haverá retaliação por parte das empresas.
A proposta agora será levada a assembleia, onde os trabalhadores deverão decidir se aceitam ou não as condições. De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a assembleia será realizada nesta quinta (18), às 13h30. Em caso de recusa dos termos, outra assembleia será marcada para decidir os rumos da negociação.