Aeroporto de Confins opera normalmente, mesmo com promessa de greve de aeroviários

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
Publicado em 28/04/2017 às 10:56.Atualizado em 15/11/2021 às 14:19.

Apesar da promessa dos trabalhadores aeroviários de paralisar as atividades nesta sexta-feira (28) contra as reformas Previdenciária e trabalhista, a maioria das companhias aéreas do Aeroporto de Confins estão operando normalmente. Os voos e check-in de Azul, Gol e Latam estão sendo feitos no horário regular. Os maiores transtornos estão ligados à remarcação de passagens. 

Os usuários que quisessem alterar, adiantando ou atrasando, os voos puderam remarcá-los na última quinta (27). As companhias informaram que o serviço seria só para usuários que optassem por ele. No entanto, a professora Mírian Chaves, de 53 anos, que já tinha uma passagem para viajar nesta sexta, afirma que precisou comprar um voo de outra operadora porque a partida anterior foi adiada para um horário mais tarde. "Estou indo a trabalho e não poderia atrasar, mas acho à paralisação pertinente porque o país está em uma situação muito ruim", diz. 

Com atraso de meia hora, o economista Lucas Sales, de 32 anos, chegou a Belo Horizonte. O voo dele saiu mais tarde de Brasília porque parte do aeroporto da capital nacional foi fechada por manifestantes. "A tripulação não estava trabalhando até 10 minutos antes da minha partida", conta. 

Lucas acredita que a greve é legítima, mas é contrário a ela e discorda dos pontos levantados pelos manifestantes. "Os grupos que convocam a paralisação são contrários às reformas, mas não apresentam uma alternativa. A gente está em uma situação que ficar da forma como está é a pior saída", diz. E completa: "eu acho que não é o melhor dos cenários [as medidas propostas pelo governo], mas não ter reforma é o pior". 

Já o médico Saulo Emanuel, de 27 anos, que está embarcando para São Paulo, defende a manifestação. Ele diz que gostaria de paralisar, mas como atua na área da saúde, precisa prestar atendimento à população. "Vim mesmo sabendo que poderia estar parado, porque tenho que trabalhar. Mas acho justíssima a greve. Tanto o governo quanto as reformas, na minha visão, não condizem com a realidade que o povo merece. Precisamos ter mais participação popular e eu apoio, sim, a paralisação", reforça.

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