Helen Borborema
Colaboração para O NORTE
Pessoas de todo o Nordeste, Norte de Minas e Espírito Santo estiveram reunidos por videoconferência para o lançamento da campanha de Promoção do Custeio para a Agricultura Familiar na manhã do último dia 02. As conferências aconteceram em todas as capitais de atuação do Banco do Nordeste e Montes Claros, em Minas Gerais. Em Montes Claros foi realizada no auditório da sede da superintendência do Banco do Nordeste e contou com a presença de vários representantes do banco, sindicatos e profissionais da área na região.
De acordo com a campanha apresentada para o ano de 2009, embasada no Plano Safra da Agricultura Familiar 2008/2009, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF melhorará o acesso as operações de custeio para as lavouras. Segundo o programa além de aumentar o montante de recursos disponíveis para custeio é previsto facilitar o acesso com até 2 anos para pagamento, juros reduzidos, seguro para o caso de plantação sofrer prejuízos com o clima e a possibilidade de renovação automática do crédito de acordo com critérios.
Atualmente o PRONAF disponibiliza a grande maioria dos recursos para investimento (90%) e quando o agricultor ou agricultora precisa de financiamento para o custeio de suas plantações, na maioria das vezes é necessário procurar outras fontes ou instituições financeiras para a operação.
Segundo Elton Barbosa, que é agricultor e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha, o plano com certeza não é o que os agricultores precisam, mas com certeza é o melhor que tem disse. Os agricultores e agricultoras precisam de uma linha de financiamento que fecha a cadeia produtiva, seja de investimento, produção, custeio e comercialização, mas que é necessário pensar no todo processo.
Para o agricultor João dos Santos Araújo, mais conhecido como Seu Tim, da comunidade Santa Bárbara de Montes Claros, um dos grandes problemas é o acompanhamento técnico, pois quando coloca no papel é uma coisa, quando vai fazer na prática é outra coisa, afirma.
Elton ainda lembrou da grande dificuldade que os agricultores tem ao escolher fazer o plantio com sementes crioulas, “mesmo quando são compradas de outros agricultores, o banco não reconhece por causa das burocracias conclui.