Na manhã desta terça-feira (19), o ex-seminarista Gil Rugai, 29 anos, voltou a alegar inocência durante a chegada ao Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo para o segundo dia de julgamento. Ele é acusado de matar o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, com 11 tiros em março de 2004.

Rugai chegou ao local por volta das 9h45 e declarou: "Eu não matei. Sou inocente". Durante esta terça, duas importantes testemunhas de acusação prestarão esclarecimentos do caso. O amigo de Gil, Alberto Bazaia Neto, e o delegado Rodolfo Chiarelli, responsável pelo inquérito, podem oferecer informações que ajudem a esclarecer o crime. Além deles, mais nove testemunhas de defesa e uma do juízo darão o depoimento.


O julgamento

Único suspeito do crime, o réu ficou dois anos e meio preso, depois que provas periciais e o testemunho de um vigia noturno da rua onde o pai morava com a mulher indicaram a sua presença no local do crime, uma mansão em Perdizes, na zona Oeste de São Paulo. Ela foi atingida por cinco tiros e ele, por quatro.

Defensores de Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitino, mortos há quase nove anos, vão assumem papéis opostos no tribunal. O acusado pelo crime, Gil Rugai, tem o apoio da família e a desconfiança dos parentes da madrasta, que acreditam e assumem a tese da acusação. Para eles, foi Gil, o filho mais velho de Luiz Carlos, que assassinou o casal a tiros.

O estudante tem no tribunal o amparo informal de Alberto Toron, um dos principais criminalistas do país. O escritório dele tem como sócio Marcelo Feller, que representa o acusado, ao lado de Thiago Gomes Anastácio, de 33. A equipe de defesa ainda tem a experiência da escritora Ilana Casoy, que é especialista em criminologia e mãe de Feller. (*Com Agência Estado)

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