TÓQUIO - Um alerta de tsunami foi suspenso no Japão, após a chegada de ondas de baixa intensidade à costa nordeste do Japão nesta sexta-feira (25)), depois de um forte terremoto de magnitude 7.1 no oceano Pacífico que, por enquanto, não causou danos ou vítimas, anunciou a Agência Meteorológica japonesa. "Suspendemos o alerta, mas o nível do mar pode continuar sendo sutilmente afetado durante metade do dia. Tenham cuidado se trabalham perto do mar", explicou um encarregado da Agência de Meteorologia japonesa durante entrevista coletiva. A Agência, que suspendeu o alerta quase duas horas depois de emiti-lo, informou que não são esperadas novas ondas após as registradas até o momento e que não superaram os 55 centímetros. Os moradores da região foram aconselhados a se distanciar do litoral. Na usina de Fukushima, devastada em 2011 por um terrível terremoto de magnitude 9, não foram registrados problemas, informou a emissora de televisão NHK, citando a companhia Tokyo Electric Power (Tepco), que opera a central. "Não houve aumento (de radiação) nos postos de controle de Fukushima Daiichi", acrescentou a emissora. De forma preventiva, os funcionários da usina de Fukushima tinham sido retirados da central após os tremores. Também não foram detectados problemas nas outras usinas nucleares, incluindo a de Onagawa, onde foi registrada a maior onda, de 55 centímetros. Os 50 reatores do Japão estão desligados por precaução após a catástrofe de Fukushima. O sismo de magnitude 7.1 aconteceu no sábado às 2h10 locais (15h10 de sexta-feira, hora de Brasília), a uma profundidade de dez quilômetros e 475 km a nordeste de Tóquio, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que inicialmente havia reportado um tremor de magnitude 7.5. A emissora de TV NHK indicou um sismo de magnitude 7.3. Até o momento, nem o USGS, nem a Agência de Meteorologia Japonesa registraram réplicas de grande magnitude. No mês passado, o leste do Japão, uma região sismologicamente ativa, foi sacudido por um terremoto de magnitude 6,5 e os tremores foram sentidos a 600 quilômetros, em Tóquio. Em março de 2011, mais de 18.000 pessoas morreram quando um terremoto submarino de magnitude 9 deu origem a um tsunami que varreu a costa nordeste do Japão, na pior catástrofe registrada no pós-guerra no país. Os sistemas de resfriamento da usina nuclear de Fukushima foram destruídos, provocando a fusão dos reatores e obrigando dezenas de milhares de pessoas a deixar uma ampla região nas imediações da central.