O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), comemorou nesta quarta-feira (16) a liberação de R$ 1,2 bilhão para a expansão do metrô na capital. Com o montante, disponibilizado pelo governo federal, a obra, que há anos é aguardada pelos moradores da cidade, poderá, enfim, sair do papel.
O recurso foi prometido pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e é oriundo de concessão de ferrovias, incluindo a Centro-Atlântica, que circula em Minas Gerais. Kalil destacou que, inicialmente, todo o montante da concessão seria destinado para Mato Grosso do Sul, mas a bancada federal de Minas se mobilizou e uniu para que parte da verba fosse destinada para o Estado.
"Esse dinheiro ia todo para Campo Grande. E a bancada mineira se reuniu com o ministro Tarcísio e conseguiu esse desvio para Minas e para BH", explicou o prefeito. "Esse dinheiro foi trazido pela bancada federal de Minas, de todos os partidos, e estão todos de parabéns", prosseguiu. A linha dois do metrô está prevista para ligar o bairro Calafate, na região Oeste, até o Barreiro.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) foi procurada pela reportagem para comentar sobre o projeto de expansão e sobre a previsão de início e conclusão da obra, mas até a publicação desta matéria não havia se manifestado.
Verba
A liberação da verba foi anunciada, na terça-feira (15), pelo secretário de Infraestrutura e Mobilidade do Estado, Marco Aurélio Barcelos. Durante reunião da Assembleia Legislativa, onde comentou sobre o cenário das 109 obras paralisadas no Estado, ele afirmou que será investido R$ 1,2 bilhão, dos valores provenientes de indenizações das concessões ferroviárias, na linha dois do metrô.
A meta, segundo o secretário, seria expandir o número de usuários de 170 mil para 840 mil passageiros por dia. Para isso, seriam necessários mais R$ 2,2 bilhões para a linha um e outros R$ 3,3 bilhões para a linha três.