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Quem for aos supermercados de Belo Horizonte neste mês pagará menos por uma série de alimentos, produtos de higiene e artigos de limpeza. Levantamento realizado pelo Procon da Assembleia Legislativa entre os dias 1 e 3 deste mês mostra algumas quedas de preços bastante significativas na comparação com o levantamento anterior, realizado nos dias 4 e 5 de outubro.
Os maiores recuos se deram nos preços do feijão, entre 14,14% e 23,38%, e do leite longa vida, entre 13,75% e 16,75%, dependendo da marca.
No caso do feijão e do leite, a regularização da oferta nas zonas de produção é apontada como principal fator para o barateamento, segundo a Associação Mineira de Supermercados (AMIS). A entidade afirma que a oferta dos dois produtos vem aumentando desde meados de setembro em função da chegada ao mercado da safra de inverno do feijão e do fim da entressafra do leite. A queda nos preços no atacado estariam sendo progressivamente repassada para o varejo.
Para a gerente de pesquisa e fiscalização de preço do Procon Assembleia, Margareth Cinta, a retração do consumo também contribuiu para acelerar o recuo dos preços. “Os supermercados poderiam estar segurando margens, mas as vendas caíram por causa da crise”, disse.
Esse seria o motivo dos recuos nos preços também de produtos de higiene e limpeza, como creme dental (3,11%), shampoo (2,05%) e água sanitária (14,29%).
“O consumidor pode influenciar diretamente no preço dos produtos. Se ele para de comprar, força o setor a praticar preços mais competitivos”, diz Margareth.
Em alguns estabelecimentos, o feijão carioquinha pode ser comprado por R$ 4,98, e o leite longa vida por R$ 2,18. As alterações dos preços chegaram a mudar o hábito de consumo de algumas famílias.
Em busca de preços melhores, a doméstica Rosa Costa, de 40 anos, passou a correr atrás das promoções nos supermercados.
“Não notei muita diferença nos itens de limpeza e de higiene, só mesmo nos preços do feijão e do leite”, disse.
Orientação
O consumidor também deve ficar atento às variações de preços entre itens de um estabelecimento para o outro. Segundo levantamento do Procon Assembleia, o mesmo tipo de vinagre, por exemplo, apresentou diferença de 108% de um supermercado para o outro.
Determinadas marcas de vinagre, sal, creme dental e sabonete também podem dobrar de preço dependendo de onde é comprado.
“A recomendação é pesquisar muito e não fazer a compra em um único lugar. O consumidor também deve ficar atento à validade dos produtos que estão com preços menores”, orienta Margareth.
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