Alimentos em alta em Montes Claros

Jornal O Norte
06/05/2008 às 12:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:32

Valéria Esteves


Repórter

Parece que a crise dos alimentos chegou até a Ceanorte- Central de abastecimento do Norte de Minas e mais ainda, até os sacolões da cidade. Apesar de o governo federal garantir que não faltará nem arroz, nem quaisquer alimentos à mesa do brasileiro, os preços de alguns produtos vão começar a ficar mais caros, isso porque a inflação também contribuirá, tendo em vista que a safra para alguns produtos não foi muito interessante.

Os consumidores já percebem aumento em frutas como o abacaxi R$ 22; limão R$ 12,00; batata inglesa R$ 40; beterraba R$ 40, entre outros, na cidade e na Central de abastecimento do Norte de Minas.

O feijão e o arroz, além de algumas verduras e frutas desde o ano passado estão com preços altos. E a reclamação não vem só do Norte de Minas ou mesmo do Estado. Nas capitais brasileiras os consumidores também reconhecem que se alimentar tem ficado cada vez mais caro no correr dos anos. Isso, na visão de especialistas, é por conta de vários fatores, inclusive da boa fase das exportações.

Há quem diga que o motivo para permanência da alta na alimentação também se deve a perda no campo devido a seca que predominou em vários territórios da federação nacional, bem como do aumento no consumo mundial de alimentos.

Apesar disso, a tendência, conforme economistas, é que os preços caiam especialmente do arroz e do feijão que registraram alta significativa no ano passado.

Em análise feita por economistas ao Valor Econômico ficou provado que nos três primeiros meses do ano, os alimentos avançaram 3,04%, enquanto educação subiu 3,92%. Juntos, os dois grupos contribuíram com 0,94 ponto percentual, o equivalente a 62% do total do IPCA no primeiro trimestre.

Os alimentos são produtos de mercado, que dependem de cotação internacional e da demanda do mercado interno. Desde meados de 2007 que a pressão desse grupo tem sido muito forte e o ano de 2008 já começou com taxas crescentes para alimentação, frisou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Entre as maiores pressões para o índice trimestral, destaque para os colégios e cursos, que subiram 4,42% e contribuíram com 0,21 ponto percentual para o IPCA; refeição fora, com alta de 3,34% e contribuição de 0,08 ponto percentual; empregados domésticos, com 2,32% e 0,07 ponto percentual; óleo de soja, com 25,47% e 0,07 ponto percentual; pão francês, com 6,20% e 0,07 ponto percentual; e tomate, com 56,72% e 0,07 ponto percentual.

Os alimentos voltaram a pressionar a inflação medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, em março e responderam por 0,20 ponto percentual da taxa de 0,48% registrada pelo índice no mês passado. No primeiro trimestre, o peso do grupo foi de 0,66 ponto percentual para uma taxa acumulada de 1,52% pelo IPCA entre janeiro e março.

Há quem diga que o motivo para permanência da alta na alimentação também se deve a perda no campo devido a seca que predominou em vários territórios da federação nacional bem como do aumento no consumo mundial de alimentos.

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