ALMG cria ‘jurisprudência’ na votação do caso Pimentel

Publicado em 04/11/2016 às 20:40.Atualizado em 15/11/2021 às 21:31.

Ao contrário do que prevê a oposição, a Assembleia Legislativa fará votação única, até o dia 23 de novembro, para decidir se o Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá julgar ou não o governador Fernando Pimentel (PT). Ainda que o STJ faça novas solicitações em função de outras denúncias contra o governador, o Legislativo mineiro resolveu criar espécie de “jurisprudência” pela qual sua posição será sempre a mesma da obtida na votação única. Ou seja, daí pra frente, a própria presidência da Assembleia tomará a iniciativa de responder ao tribunal superior com base no resultado dessa votação que levará a plenário.

Contra o rito aprovado, o líder da oposição, Gustavo Correa (DEM), pretende recorrer ao Tribunal de Justiça de Minas. Por ali, a posição deverá seguir duas orientações: o assunto é matéria interna do Legislativo e o foro competente para julgá-lo é o próprio STJ, autor do pedido. Pimentel tem maioria (55 dos 77 votos) na Casa, que nunca votou contra um governador.

Diretorias da Cemig
Ao contrário do que informei aqui, o nome correto do diretor que deixou a Cemig, a partir deste mês, é Evandro Vasconcelos, que saiu por convite irrecusável da empresa chinesa State Grid. Ele ficou durante dois meses na diretoria de Distribuição e Comercialização no lugar de Ricardo Charbel, que foi exonerado da estatal por questões políticas (estava no cargo desde o governo passado).

No lugar deles, ficou, provisoriamente, Luís Fernando Paroli dos Santos, que acumulará com a diretoria de Relações Institucionais e Comunicação. A interinidade de Paroli deverá ser curta porque a distribuição é uma das áreas mais pesadas da empresa, por atender aos 774 municípios (e as reclamações dos prefeitos), cuida da eletrificação rural e tem o maior número de funcionários.

Tragédia grega de Mariana
Será lançado às 16h de segunda-feira (7), na Assembleia Legislativa, o livro ‘A tragédia de Mariana e o narcisismo gerencial na pós-modernidade’, de Epaminondas Bittencourt. O desastre, em sua avaliação, foi resultado de uma gestão narcisista focada na produção, em detrimento da responsabilidade social corporativa.

A obra é ricamente ilustrada com fotografias feitas pelo próprio autor, que percorreu os locais atingidos pela lama, na sequência do desastre que ceifou vidas, destruiu cidades, matou e comprometeu a flora, a fauna e as águas do rio Doce. O livro conta com apresentação do líder do governo, Durval Ângelo (PT), e será lançado durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos.

Bolsonaro na ocupação da PUC
No demorado e acalorado debate entre os estudantes da PUC Minas (Coração Eucarístico), em Belo Horizonte, na noite de quinta (3), que decidiu pela ocupação do prédio 6 (Instituto de Ciências Humanas), um aluno surpreendeu a todos com suas declarações. Parodiando a grande maioria, que dizia “em primeiro lugar, fora Temer”, o desgarrado saiu-se com essa: “Primeiramente, Bolsonaro presidente”, antes de fazer sua defesa contra a ocupação. Os estudantes protestavam contra a PEC 55, que tramita no Senado, prevendo cortes e congelando investimentos na saúde e educação por 20 anos.

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