Nesta Copa do Mundo, nada melhor do que ser americano. Das quatro equipes classificadas para as oitavas de final, por antecipação, três são do Novo Mundo. A última delas foi a Costa Rica, maior zebra do torneio, até agora.
 
O pequeno país cometeu um “duplo homicídio” no chamado “Grupo da Morte”. Não só derrotou a Itália, por 1 a 0, ontem, como selou a eliminação precoce da Inglaterra. E na estreia havia derrotado o Uruguai, por 3 a 1.
 
Colômbia e Chile completam a lista dos americanos com 100% de aproveitamento e “passaporte carimbado” para o mata-mata. A Argentina, contra o Irã, neste sábado (21), no Mineirão, e o Brasil (na próxima segunda-feira) têm tudo para engrossar a lista.
 
Das dez seleções americanas na Copa, ainda têm chance México, que precisa empatar com a Croácia, e Uruguai, obrigado a vencer a Azzurra. Situação mais complicada vivem Equador e Honduras, no Grupo E, liderado pela França e que tem a Suíça como forte concorrente à segunda vaga.
 
Dois fatores ajudam a explicar esse fenômeno de transformação da Copa do Mundo em uma espécie de Copa América. Historicamente, as equipes americanas obtêm melhores resultados quando disputam Mundiais em “casa”. Outro aspecto é a força da torcida.
 
Nas edições realizadas na América, contabilizando a atual, são 61 vitórias de equipes americanas contra 39 de europeias. Houve ainda 20 empates. Se analisados apenas os confrontos América do Sul x Europa, a vantagem é ainda maior: 31 triunfos contra 14.
 
Também pela proximidade geográfica, os estádios brasileiros foram palcos de grandes festas de colombianos, chilenos, argentinos e até os próprios torcedores tupiniquins.
 
Para o ex-jogador e ex-capitão da seleção argentina Juan Pablo Sorín, as equipes sul-americanas têm grandes qualidades individuais. Mas o calor da torcida também faz a diferença contra os europeus. “Muito do sucesso das equipes sul-americanas se deve ao calor da torcida. Essa energia é muito importante. Está sendo incrível essa alegria nos estádios”, diz.
 
Das europeias, apenas França e Holanda conseguiram vaga nas oitavas até agora. Além da Inglaterra, a atual campeã Espanha já se despediu do Brasil, eliminada justamente diante de um sul-americano: o Chile.

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