(Hugo Cordeiro)
Tendo a recuperação da saúde financeira do Estado como uma de suas principais premissas na campanha ao governo de Minas, Antonio Anastasia (PSDB) cogita realizar uma reforma previdenciária caso retorne ao Palácio do Planalto.
Após participar de um evento com representantes do setor empresarial de Minas, em Nova Lima, na Grande BH, nessa segunda-feira (27), o senador admitiu que a Previdência Social acarreta em um grande custo aos cofres públicos, e vê a necessidade de mudança na legislação atual, desde que o primeiro passo seja dado pelo governo federal.
“Não há dúvida que tendo o chamado regime estatutário, a previdência acaba sendo uma fonte grande das despesas, não só de Minas, mas dos outros estados, dos municípios e da união federal. Tanto que o governo federal cogita, há alguns anos, realizar uma ampla reforma previdenciária. Nós devemos fazê-la. Estamos estudando hipóteses de viabilidade, sabendo da necessidade de uma primeira reforma no âmbito federal, para adequar à nossa legislação”, completou.
Moratória
Em relação a outras medidas que poderiam atenuar a crise financeira a qual o Estado atravessa, Anastasia descartou, caso eleito, decretar moratória, entendendo que esta ação traria mais prejuízos para o setor econômico.
“A figura da moratória é uma figura que prejudica muito os dados econômicos do Estado e do setor privado. Vamos ter que ser muito criativos na renegociação de débitos. Até porque, os débitos que existem hoje são até com as prefeituras. Mas a figura da moratória eu não considero adequada, porque fere um dos os pilares da minha proposta que é a credibilidade. Temos que trabalhar mais rápido para que Minas resgate a credibilidade do seu nome”.
Segundo a Associação Mineira de Municípios, há um atraso no repasse de R$ 7,6 bilhões de recursos públicos pelo governo estadual às prefeituras.
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