Anônimos tentam roubar cena no julgamento do acusado de matar Eliza

Carlos Calaes - Hoje em Dia
Publicado em 22/04/2013 às 20:03.Atualizado em 21/11/2021 às 03:02.

No primeiro dia do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", a frente do Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, voltou a ficar lotada de repórteres e de várias figuras querendo seus 15 minutos de fama, fazendo de tudo para aparecer na mídia ou chamar atenção para suas causas. Os servidores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por exemplo, denunciaram os baixos salários e condições de trabalho. 

No local, não faltaram cartazes cobrando Justiça para o "assassino de Eliza". Uma das figuras mais engraçadas foi o folclórico João Franklin, de 51 anos, que, ao ver qualquer pessoa sendo entrevista, se posicionava ao lado da câmeras de TV ou fotográficas, exibindo dois ossos de boi recém-descarnados e com mau cheio. "Queremos saber onde estão os ossos de Eliza",resumia. 
 
Outra figura que chamou atenção foi o "sargento federal Salim". Trajando um bonito uniforme azul, com boina e cotunos, além de colete e um cinto de mil utilidades, como o "Batman", "o sargento federal Salim" "se encarregava de manter o tráfego em ordem em frente ao Fórum". "Hoje estou sem apito. Fui nomeado pela presidente Dilma. Quem fica rindo é porque tem inveja", resume.
 
O advogado criminalista Alexandre Leal, de 66 anos, que defendeu o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante da execução da missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, também acompanhava o julgamento. 
 
Convidado pelo advogado criminalista Ércio Quaresma, que defende "Bola", Alexandre ajuda como assistente de defesa. Com seus cabelos e barba longos e brancos, lembrando a figura de Coronel Pantaleão, caracterização do humorista Chico Anísio, Alexandre afirmou que "Bola" nunca irá admitir nem confessar qualquer crime. Segundo ele, a estratégia de Quaresma é explorar o máximo as testemunhas, o que irá prolongar o trabalho do tribunal do júri. "Prevejo um julgaqemnto que pode durar uma semana", disse.
 
 

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Populares fazem de tudo para chamar atenção na porta do local do julgamento (Foto: Lucas Prates/Hoje em Dia)

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