Ao menos doze mortos em dois atentados no Iraque

AFP
25/06/2012 às 16:24.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:05

HILLA - Ao menos 12 pessoas foram mortas e 39 ficaram feridas em dois atentados nesta segunda-feira (25) ao sul e ao norte da capital iraquiana Bagdá, segundo fontes médicas e da segurança.

Um carro-bomba explodiu próximo de um campo de futebol em Hilla, a 95 km ao sul de Bagdá, matando oito pessoas e ferindo 32, indicou o policial Ali Khassem e o médico Saad al-Khafaji, do hospital da cidade.

Uma outra bomba que explodiu em uma estrada de Baquba, a 60 km ao norte de Bagdá, deixou mais quatro mortos e sete feridos, de acordo com um coronel da polícia e uma fonte hospitalar.

Na última sexta-feira (22), uma série de ataques provocou a morte de 12 pessoas no Iraque.

As novas vítimas elevam para pelo menos 173 o número de pessoas mortas em atentados no Iraque desde uma primeira série de ataques simultâneos que tiveram início em 13 de junho, bastante acima das 132 vítimas registradas nas estatísticas oficiais de todo o mês de maio.

No dia 13 de junho, 72 pessoas morreram em ataques anti-xiitas reivindicados pela Al-Qaeda. Três dias depois, 32 pessoas foram mortas na explosão de dois carros-bomba na capital, durante uma cerimônia xiita.

Os xiitas são ao lado forças de segurança iraquianas alvos privilegiados de grupos armados sunitas.

O Iraque vive há meses uma crise política que eclodiu em dezembro de 2011, no momento da retirada das últimas tropas americanas do país, sob a liderança do Iraqiya, bloco laico dominado por sunitas. Os líderes curdos e sadristas, desde então, também entraram em conflito com o primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, que é chamado por eles de "ditador".

O presidente iraquiano, Jalal Talabani, não aceitou receber o pedido de censura contra Maliki, que chegou ao poder em 2006 e permaneceu após as eleições legislativas de 2010, alegando falta de apoio necessário dos deputados para prosseguir com tal medida.

O presidente do Parlamento, Osama al-Nujaifi, declarou na semana passada que os deputados anti-Maliki pedirão em breve uma audição com o primeiro-ministro em mais uma tentativa de obter um voto de censura.

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