Uma das fabricantes de motocicletas mais ortodoxas do mercado é a norte-americana Indian Motorcycle Company, ou apenas Indian. Fundada em 1901, suas motos conseguem ser mais avessas a mudanças do que a concorrente Harley-Davidson. A marca se gaba de ostentar elementos que remetem aos primeiros modelos. Atualmente, seu catálogo possui cinco modelos: Chief Classic, Chief Vintage, Chieftain, Roadmaster e a quase centenária Scout, que acaba de chegar à linha 2015 modernizada, e se prepara para desembarcar no Brasil, inclusive em Belo Horizonte, uma vez que a marca pertence à Polaris, fabricante de quadriciclos.   Para se ter uma ideia da fidelidade da marca, a Scout é única Indian com refrigeração líquida. As demais ainda ostentam seus enormes V2 com aletas nos blocos. Sob o tanque combustível, de 12,7 litros, ele exibe um V2 1.600 cc que despeja 101 cv de potência e torque de 9,7 mkgf. Números poderiam fazer uma superbike atingir velocidades incríveis, mas boa parte da força é para deslocar 450 quilos, sendo que 244 é da moto vazia, sem combustível e demais fluidos.    Clássica custom, a Scout preserva o assento para apenas um ocupante, assim como o modelo original de 1920. Mas trás “modernidades” como freios a disco à frente e atrás e velocímetro com visor auxiliar digital.   Por ter injeção eletrônica de combustível, aquele cheiro forte de gasolina das motos carburadas desapareceu. No entanto, aquele ruído embolado, grave e sincopado do V2 permanece lá graças ao escapamento duplo cruzado.   Mito   Apesar de não ser tão corpulenta e espalhafatosa como a Chief, a Scout é um ícone da marca e fez sucesso no passado como motocicleta de corridas, transporte militar na Segunda-Guerra e até mesmo estrela de acrobacias circenses nos Estados Unidos.

Compartilhar