A maneira mais direta de exercício da cidadania é o voto. Mas nessas eleições municipais de 2020, o ato de transferir para a urna a opinião, maneira de pensar, desejos para a coletividade, ganhou um “obstáculo”: a pandemia pelo novo coronavírus.
Ela provoca novidades no processo, a principal o horário de 7 às 10h como preferencial para pessoas acima dos 60 anos, que formam o grupo de risco da Covid-19. Há ainda a obrigatoriedade do uso de máscara nos locais de votação, assim como a aplicação de álcool em gel nas mãos antes e depois de usar a urna eletrônica e a recomendação de cada eleitor um levar a sua própria caneta.
— Jornal Hoje em Dia (@jornalhojeemdia) November 15, 2020@oalexsimoes acompanha votação na EM Santos Dumont, em BH, que é o maior local de votação de MG. A sujeira dos santinhos já se acumula, antes da votação começar.
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Apesar do cenário e de tantos protocolos de higiene, João Corradi, de 91 anos, que integra o grupo de risco e nem tem o voto como obrigatório, por causa da idade acima dos 70 anos, fez questão de participar das eleições municipais de 2020 em Belo Horizonte.
E meia hora antes de ser aberto o portão da Escola Municipal Santos Dumont ele já estava na sexta posição da fila, esperando o direito de digitar seu voto na urna.
“Voto porque gosto de participar. Fica mais dentro de casa, me resguardo e vim cedo para evitar aglomeração”, afirma o aposentado.
Aos 91 anos, João Corradi fez questão de participar do pleito deste ano
Atrás dele na fila estava Nilton Marcelino dos Santos, 71 anos, mais um que pela legislação não precisa participar do processo, mas que “madrugou” na porta do local de votação.
“Nasci em 1949. Sempre gostei de participar das eleições, mas tenho uma maneira pessoal, pois escolho meu voto na hora da votação. Acompanho o processo, mas a decisão é na última hora mesmo”, explica Nilton.
— Jornal Hoje em Dia (@jornalhojeemdia) November 15, 2020Abertura atrasada dos portões na EM Santos Dumont, no Santa Efigênia, que deverá receber 12 mil eleitores neste domingo, gera fila. Com @oalexsimoes
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Antes dos dois na fila, Durcelina Rodrigues dos Santos, de 61 anos, revelava que não foi sacrifício algum para ela ter chegado tão cedo ao local de votação.
“Trabalhei muito tempo na SLU. E acordava às 4h. Hoje sou aposentada, mas acostumei a acordar cedo. Toda a vida sempre votei cedo”, conta Durcelina, que ainda tem o voto como algo obrigatório, mas não vê sacrifício no processo.
Durcelina, de 61 anos, disse não ver sacrifício votar nesta manhã