(Leonardo Morais)
Ela é uma criança com rosto angelical e voz mansa, que brinca, grita e se diverte como outra qualquer. Com o tempo, sem explicação, fica quieta em um canto, deixa de brincar, passa a ter pesadelos e, em alguns casos, medo das pessoas.
A mudança de comportamento pode parecer doença ou mesmo rebeldia. Mas, pais, fiquem alertas, o problema pode estar muito além da pirraça: ela pode ser vítima abuso sexual infantil, analisam especialistas.
Essa é a realidade de milhares de meninos e meninas no Brasil que, sob ameaça, medo ou vergonha, não contam que são vítimas de violência. Por isso as denúncias anônimas por meio dos programas federal, Disque 100, e estadual, Disque Direitos Humanos 08000 311-119 _ podem ajudar no combate a essa violência.
Denuncias anônimas levam famílias e polícia a desvendar esses crimes, cometidos no meio familiar, por estranhos isoladamente ou em rede de adultos, que atraem e violentam crianças e pré-adolescentes, marcando para sempre as suas vidas.
Na internet
A Internet criou outra forma de assédio, porque mantém no anonimato, na maioria das vezes, quem assedia, homem ou mulher. Daí, a importância de pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes orientarem os filhos e exercerem vigilância, sem invadir a privacidade deles. É conversar e conquistar a confiança dos filhos, para evitar que caíam em armadilhas do mundo virtual.
O assunto é tão sério que a cada dia assistimos ou lemos declarações de artistas e outros famosos relatando terem sido vitimas de abusos quando crianças. Na maioria das vezes, por alguém da família ou próximo a ela.
Socorro
Organizações Não Governamentais (ONG), cidadãos, empresas e governos, cada uma à sua maneira, buscam uma forma de ajudar as vitimas, por meio de campanhas e programas de orientação, sensibilização da população e apoio às crianças e adolescentes para que se recuperem da violência.
Uma dessas iniciativas é o programa Proteja Nossas Crianças. Lançada em 2008 pelo Servas, em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social, a campanha promove ações educativas em Minas Gerais durante o ano inteiro.
Por meio de mobilização em comunidades e escolas, de blitze em pontos estratégicos, como rodovias federais e estaduais, o programa conscientiza a população sobre o crime contra crianças e adolescentes.
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