Após velório, corpo de Thomaz Alckmin segue para o interior de SP

Folha Press
03/04/2015 às 16:55.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:30
 (LEONARDO BENASSATTO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

(LEONARDO BENASSATTO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

O corpo do filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Rodrigues Alckmin, foi velado desde a madrugada até as 14h desta sexta-feira (3) no hospital israelita Albert Einstein, na capital paulista. A pedido da família, a cerimônia foi restrita a amigos, parentes e autoridades.

A presidente Dilma Rousseff compareceu à cerimônia por volta das 12h45 junto com os ministros Joaquim Levy (Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social). A presidente rezou durante a cerimônia e acompanhou a missa realizada em homenagem ao filho do governador. Dilma ficou pouco mais de vinte minutos no velório e deixou o local sem falar com jornalistas.

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), compareceu ao velório por volta das 11h. 

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) chegou na cerimônia pouco antes da presidente da república. "Eu conheci [Thomaz Alckimn] na campanha eleitoral. Ele era simples, discreto e distante do dia a dia político. Ele viveu intensamente até o momento que a vida permitiu".

O senador José Serra (PSDB-SP) e o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, também compareceram ao velório.

Para o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), é um momento triste para todos. "Nessa hora, supera-se qualquer divergência política. É algo que a gente não gostaria que acontecesse nem para o pior adversário na vida."

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também estiveram no velório. O secretário municipal de educação, Gabriel Chalita (PMDB), chegou por volta das 8h.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, foi prestar condolências ao governador. "É extremamente difícil para um pai e para uma mãe enfrentarem a morte de um filho", disse aos jornalistas.

Vários secretários do governo Alckmin também estiveram presentes, como Alexandre de Moraes, da Segurança Pública, o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, da Casa Militar, e João Carlos Meirelles, da Energia.

O vice-governador, Márcio França (PSB), disse que estão todos muito abalados, mas que a família é muito religiosa e está se apegando nisso para superar a dor. Segundo relatos de presentes no velório, a primeira-dama, Lu Alckmin, manteve um terço na mão durante todo o velório.

Pela manhã, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, fez uma oração com a família. A missa de corpo presente foi realizada por dom Fernando Figueiredo, bispo Diocesano de Santo Amaro. Um rabino e um padre da igreja ortodoxa também estiverem na cerimônia.

O bispo de Igreja Universal, Edir Macedo, foi ao local e não deu declarações à imprensa. O humorista Tom Cavalcanti e o cantor e apresentador Ronnie Von chegaram cedo ao velório. Ronnie Von disse que o governador estava chorando, ainda que contido.

O empresário João Doria Jr. contou que a filha de 10 anos de Thomaz, Isabela Trombelli Alckmin, virá da Noruega para acompanhar o enterro.

O ex-deputado Walter Feldman lamentou o fato de Thomaz ter deixado duas filhas, uma delas nascida há pouco mais de um mês. O filho do governador tinha 31 anos.

O deputado federal Bruno Covas, ex-secretário de Meio Ambiente no governo Alckmin, lembrou que o seu avô, o ex-governador de São Paulo Mário Covas, perdeu uma de suas filha em 1978. "Meu avô falava dela até a sua morte. Eu posso imaginar a tristeza que é para um pai perder o filho", disse.

Conforme programado, o velório foi encerrado às 14h. Pouco depois, o carro funerário deixou o hospital Albert Einstein para fazer o traslado do corpo até a cidade de Pindamonhangaba (a 156 km de São Paulo), onde Thomaz e o pai nasceram. O enterro será no cemitério municipal. Uma van seguiu o veículo levando amigos e familiares. Dez carros fizeram uma carreata e acompanharam o percurso. 

Nota do governo do estado
Leia abaixo íntegra da nota divulgada:

"O governo de São Paulo informa, com imenso pesar, que Thomaz Rodrigues Alckmin, o caçula dos três filhos do governador Geraldo Alckmin e de dona Lu Alckmin é uma das cinco vítimas da queda do helicóptero EC-155 ocorrida na Grande São Paulo na tarde desta quinta-feira. Thomaz tinha 31 anos e era piloto profissional de aeronave. Ele deixa esposa, Taís, duas filhas, Isabela e Júlia, e os irmãos Sophia e Geraldo Alckmin Neto. Sob o impacto dessa tragédia, a família Alckmin, inconsolável, agradece as manifestações de pesar e carinho e busca conforto na fé que sempre a alimentou. Seus pensamentos e preces se estendem às famílias das outras vítimas. Informações sobre velório e enterro serão divulgadas oportunamente, tão logo estejam definidas."

Notas da empresa dona do helicóptero
Leia a íntegra da nota divulgada:

"A Seripatri, com pesar, informa que foram cinco as vítimas do acidente com o helicóptero da empresa, ocorrido na tarde desta quinta-feira, na Grande São Paulo. Além do piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, 53, com mais de 30 anos de experiência, e do mecânico Paulo Henrique Moraes, 42, ambos funcionários da Seripatri, estava também Thomaz Alckmin, filho do governador Geraldo Ackmin (SP). Havia ainda outros dois ocupantes: Erick Martinho, 36, e Leandro Souza, 34, mecânicos da Helipark, empresa de manutenção. O acidente ocorreu durante voo de teste, após a aeronave passar por manutenção preventiva. O helicóptero, da marca Eurocopter, modelo EC 155, prefixo PPLLS, tinha cerca de quatro anos de uso, com aproximadamente 600 horas de voo e estava com sua documentação e manutenção rigorosamente em ordem. Neste momento de luto e enorme tristeza para todos, a Seripatri presta suas condolências a todas as famílias das vítimas."

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