A Polícia Civil recolheu na quarta-feira (1º) cápsulas de ponto 40, calibre usado pela PM, no terreno baldio onde um grupo de policiais simulou um confronto com acusados de praticar um sequestro relâmpago, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), na terça-feira (31) à tarde.
O cabo Maurício Fabiano Braga Pessoa, do 31º Batalhão da PM, está preso desde ontem (31) à noite acusado de atirar nas pernas de um suspeito que estava rendido e desarmado. Os outros dois policiais foram afastados das funções.
Com outros três comparsas, o baleado (um adolescente de 17 anos) havia tentado praticar um sequestro relâmpago. O bando rendeu uma mulher e seu sobrinho na porta de uma escola, na Barra, mas fugiu após ser perseguido pelos policiais. Detidos, os suspeitos foram conduzidos até um terreno baldio onde teriam abandonado revólveres. Ali, Pessoa atirou contra um dos homens, enquanto outro policial disparou quatro vezes contra um muro, a poucos centímetros de um preso que estava com mãos ao alto.
Ao apresentar os detidos à Polícia Civil, os PMs alegaram que o baleado havia sido atingido durante troca de tiros. No entanto, a ação dos PMs no terreno baldio foi filmada por um anônimo, e a versão dos policiais foi desmascarada. As cápsulas recolhidas serão encaminhadas à Corregedoria da PM, que também investiga o caso.
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