Três dias após a final da Copa, os últimos argentinos acampados no centro do Rio foram obrigados a deixar na manhã desta quarta-feira (16) o Terreirão do Samba e a Praça da Apoteose.  A saída dos turistas foi monitorada por agentes da Guarda Municipal. Até as 10h30, com pouco mais de 100 argentinos no local, não houve qualquer tipo de incidente.

Por recomendação da prefeitura, as duas áreas abrigaram carros e motorhomes estrangeiros  durante o campeonato. Pela manhã, o argentino Matias Queno, 30, terminava de arrumar seu Citroen, ano 1975, comprado há três meses para viajar pela América do Sul. Ele chegou ao Brasil em 12 de junho, no início da Copa.

"Vamos ficar por mais 60 dias no Brasil, que é o prazo de validade do visto. Vamos subir pelo litoral brasileiro e depois vou para a Venezuela", disse Queno, que viaja acompanhado por uma amiga e um cachorro.  Nascido na cidade de Ushuaia, ele pretende ficar três meses na Venezuela, outros três meses na Colômbia e seguir para Equador, onde cogita morar por um tempo. "Faço malabares nas ruas para conseguir dinheiro e seguir viagem", explicou Queno. 

Já equipado com seu mochilão, Cristian Fernandez, 20, deixou o Terreirão do Samba e só não cogita ir embora do Brasil. "Vou tentar arrumar uma carona até Cabo Frio. Mas ainda não sei quando vou terminar a viagem", disse Fernandez, que chegou ao país em janeiro e, desde então, conheceu municípios na região sul. Mesmo sem dinheiro, ele está animado para seguir viagem.  "Pelo caminho, eu tento arrumar um emprego temporário", acrescentou.