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SÃO PAULO - Um arqueólogo de Belize, na América Central, decidiu processar os produtores do último filme da série "Indiana Jones" por usar uma cópia da chamada Caveira de Cristal, que ele afirma ser um tesouro nacional roubado.
Segundo o site da revista "Hollywood Reporter", o doutor Jaime Awe alega que o crânio foi roubado em Belize há 88 anos e que os produtores do filme não tinham o direito de usar sua cópia em "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", de 2008.
Em um processo aberto no Estado norte-americano de Illinois na semana passada, Awe pede que uma família caçadora de tesouros devolva a Caveira de Cristal.
Mas a ação legal também se dirige à Lucasfilm, a sua proprietária, Walt Disney Co., e à Paramount Pictures, que distribuiu o filme de Steven Spielberg, por supostamente usar uma réplica da caveira.
Diretor do Instituto de Arqueologia de Belize, Awe alega que a caveira foi encontrada pela filha de um aventureiro chamado F.A. Mitchell-Hedges debaixo de um altar desmoronado nas ruínas de um templo em Belize, e foi levada aos Estados Unidos em 1930.
Diz-se que a família ganhou dinheiro exibindo a caveira, que teria sido usada como modelo para o filme de Indiana Jones. "A LucasFilm nunca procurou, nem recebeu permissão para utilizar a Caveira de Mitchell-Hedges ou sua cópia no filme", diz o processo, que teve uma cópia publicada na "Hollywood Reporter".