Para o futuro, a conquista da Copa do Brasil garante ao Atlético a terceira participação consecutiva na Libertadores, um recorde na sua história, e a chance de brigar pelo bicampeonato continental. No presente, a taça erguida na noite de quarta-feira (26) no Mineirão significou uma arrecadação importante, num momento em que o clube vive tempos de aperto financeiro.
A caminhada para o inédito título nacional teve apenas quatro jogos como mandante. O suficiente para o Galo arrecadar líquido, com bilheteria, cerca de R$ 7 milhões, mais que o dobro do que faturou nas 18 partidas em que atuou em casa neste Campeonato Brasileiro.
E o dinheiro foi importante para ir colocando as contas em dia. Com o R$ 1,2 milhão arrecadado na goleada de 4 a 1 sobre o Corinthians, em 15 de outubro, na partida de volta das quartas de final, no Gigante da Pampulha, o clube pagou o prêmio pela conquista da Recopa Sul-Americana sobre o Lanús, da Argentina, em julho.
A média de renda líquida do Atlético na Copa do Brasil foi de impressionantes R$ 1.826.398,10. Se o clube tivesse alcançado isso nas 34 partidas que disputou em casa nesta temporada, teria arrecadado só nos seus jogos quase R$ 62 milhões, algo ainda impensável para a realidade do futebol brasileiro.
Ingressos
O grande retorno financeiro que a competição deu ao Atlético foi fruto de um aumento significativo no preço do ingresso. Na Série A, que vem sendo disputada paralelamente à Copa do Brasil neste segundo semestre, o torcedor paga, em média, R$ 23 para ver o Galo em campo.
Na Copa do Brasil, foi necessário gastar, em média, R$ 101 para empurrar o time do técnico Levir Culpi na busca por mais uma taça que ainda não estava exposta na galeria de Lourdes.
Foi o ticket médio mais caro do Atlético nas quatro competições que o clube disputou na temporada, superando inclusive o da Copa Libertadores (R$ 57,00). Chegou muito perto ao da decisão da Recopa Sul-Americana, contra o Lanús, da Argentina, que foi de R$ 104,00.
Isso foi determinado principalmente pela arrecadação do jogo de ida da decisão, no último dia 12, quando fez 2 a 0 sobre o Cruzeiro, no Independência, e deu um passo decisivo para levantar a taça. Naquele confronto, o atleticano pagou, em média, R$ 255 para empurrar o time na vitória sobre o maior rival.
Foi a segunda maior renda do Atlético no ano, perdendo apenas para os R$ 5,73 milhões da final da Recopa Sul-Americana, mas em partida disputada no Mineirão e com 54.786 pagantes, quase três vezes mais que os 18.578 alvinegros que estiveram no Horto no último dia 12.
Prêmios
Além da força da Massa, o Atlético faturou alto também nesta Copa do Brasil com as premiações que o título garante.
Pelas quatro fases que disputou, o clube faturou R$ 5,1 milhões de valores referentes aos direitos de televisão e bônus pagos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sendo que R$ 3 milhões foram pela conquista.
A este valor é necessário somar as premiações previstas nos contratos do clube com seus patrocinadores, pois os acordos determinam o pagamento de bônus para cada competição conquistada.