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Ataques a ônibus em SP foram motivados por morte de jovem, dizem moradores

Felipe Souza - Folhapress
Publicado em 29/01/2014 às 18:13.Atualizado em 20/11/2021 às 15:40.
SÃO PAULO - Moradores do Jardim Angela, na região onde mais um ônibus foi incendiado no início da tarde desta quarta-feira (29) disseram que os protestos foram motivados pela morte do auxiliar Guilherme Augusto Gregório, de 19 anos. 
 
A família do jovem disse ter certeza de que o crime foi cometido por policiais. Guilherme morreu após ser baleado por volta das 2 horas de terça-feira (28). 
 
A reportagem apurou que a polícia está investigando o envolvimento de policiais militares na morte do rapaz. A PM foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
 
Um amigo de infância de Guilherme, que pediu para não ser identificado, disse que foi abordado com a vítima por policiais militares horas antes do crime. "Os PMs encontraram maconha com o Guilherme, fizeram ele comer toda a droga e ainda deram um tapa na cara dele. Depois, rasgaram o RG dele e disseram que se o encontrassem à noite na rua ele 'já era'". 
 
Guilherme foi morto após levar sua filha, de um ano, à casa da mulher. Sua amiga, Thais Medeiros dos Santos Gonçalves, de 20 anos, disse que viu a vítima minutos antes do crime. "Eu estava com minhas amigas quando ele passou e falou com a gente. Depois, um Voyage preto o seguiu e a gente ouviu os tiros. O Guilherme não tinha motivos para morrer, era muito tranquilo", disse. 
 
O rapaz foi enterrado na manhã desta quarta-feira. Por volta das 12 horas, logo após o ônibus ser incendiado, a família de Guilherme disse ter a casa invadida por PMs. "A polícia entrou na nossa casa e disse que a gente estava fazendo protesto. Minha avó é cega e entrou em desespero, passou mal e ficou chorando. Está todo mundo revoltado", disse cabeleireira Ana Cristina Augusto, de 23 anos, irmã de Guilherme. 
 
Ela afirmou que o seu irmão não tinha passagem pela polícia e nunca tinha cometido crimes. "O mais estranho é que três carros da PM vieram buscar as cápsulas das balas que mataram meu irmão cinco minutos depois do crime. Já o Instituto Médico Legal (IML) demorou 12 horas para tirar o corpo", disse a irmã de Guilherme. 
 
A família disse que os policiais que recolheram as cápsulas não foram os mesmos que registraram a ocorrência. Segundo eles, Guilherme não tinha armas e nunca foi preso.
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